O desenvolvimento de uma criança está condicionado à diversos fatores, entre os quais, segundo a Teoria Sociocultural de Vygotsky, diz que as interações sociais compreendem a base para este desenvolvimento, influenciando diretamente a construção do indivíduo enquanto sujeito autônomo. Desta forma, este trabalho teve como objetivo analisar o filme “Extraordinário” de 2017 sob a ótica da Teoria Sociocultural de Lev Vygotsky, apontando aspectos e características que afetam diretamente o protagonista do filme. A metodologia utilizada refere-se então à uma pesquisa qualitativa, utilizando como base obras de Lev Vygotsky e estudos relacionados. Auggie, que é um menino que está iniciando o ensino fundamental, se vê diante de um início de sua vida social. O desafio consiste no fato de que Auggie possui uma falha genéticas que levou à uma deformação facial, fazendo com que os alunos e professores o olhassem com distinção. Trazendo para a teoria de Vygostsky, por meio do filme é possível notar que a uma mudança em todo contexto escolar e familiar de Auggie. O desenvolvimento não se dá apenas para o protagonista, mas para todo o seu entorno. Seus pais aprendem a desenvolver habilidades que permitam que Auggie seja mais autônomo, uma vez que estes são superprotetores, além de aprenderem a lidar com a evolução do filho. O sofrimento vivido pelo protagonista por questões como bullying é um outro aspecto que leva a uma mobilização por parte dos professores e funcionários e até mesmo por outros alunos, trazendo uma reflexão sobre as relações construídas no ambiente.