Objetivo: Descrever barreiras sociais na continuidade de uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) por mulheres transsexuais e travestis no Distrito Federal entre 2018-2022 e refletir sobre o papel da gestão em seu acesso e continuidade. Métodos: Estudo ecológico descritivo com indicadores sobre o uso da PrEP por mulheres transexuais e travestis no Distrito Federal entre 2018 a 2022. Foram analisados os registros do painel de monitoramento da PrEP do Ministério da Saúde: raça/cor, faixa etária e escolaridade. Os dados foram apresentados em quadros. Resultados: Mulheres transexuais e travestis brancas/amarelas e entre 30 a 39 anos são as que mais acessam a PrEP; mulheres transexuais indígenas e com 50 anos ou mais e travestis pardas entre 40 a 49 anos são as que apresentam uma menor busca de acesso. Mulheres transexuais e travestis com 12 anos ou mais de escolaridade são maioria no acesso a PrEP; a minoria tem entre 4 a 7 anos de escolaridade. Conclusão: Questões referentes a raça/cor, idade e escolaridade podem significar barreiras de acesso e continuidade no uso da PrEP no Distrito Federal. Gestores em saúde devem conhecer a realidade dessa população e capacitar os profissionais assistenciais para lidar com essas usuárias.