2006
DOI: 10.1590/s0100-204x2006000700018
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Evidências genético-arqueológicas sobre a origem do feijão comum no Brasil

Abstract: Neste trabalho se discute a origem do feijão comum, Phaseolus vulgaris L. Amostras modernas e arqueológicas foram analisadas geneticamente, utilizando-se seqüências da proteína faseolina (Phs). A amostra arqueológica foi encontrada em uma caverna no Norte de Minas Gerais. Os resultados evidenciam que esta amostra se relaciona mais com as variedades de feijão encontrados no Norte da América do Sul e México, o que sugere influências culturais remotas entre aquelas regiões e Minas Gerais. Além disto, deve ter hav… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
3
1
1

Citation Types

0
10
0
6

Year Published

2008
2008
2021
2021

Publication Types

Select...
6
1

Relationship

0
7

Authors

Journals

citations
Cited by 24 publications
(16 citation statements)
references
References 7 publications
0
10
0
6
Order By: Relevance
“…Além disso, essa espécie também já foi amplamente detectada em solos brasileiros (Straliotto et al, 1999;Hungria et al, 2000;Andrade et al, 2002;Mostasso et al, 2002;Soares et al, 2006;Giongo et al, 2007) e, em um estudo com R. etli de solos dos Estados de Pernambuco e do Paraná, o 16S rRNA apresentou maior semelhança com a estirpe mexicana CFN 42 T (Grange et al, 2007). Existem evidências de que o feijoeiro é cultivado há milhares de anos no Brasil, e feijões de origem mesoamericana foram encontrados em sítios arqueológicos, com indicações de que houve um intercâmbio entre as populações indígenas do México e do Brasil (Freitas, 2006). Desse modo, a introdução de R. etli no Brasil pode ter sido via sementes do México, que são capazes de carregar células viáveis de rizóbios (Pérez-Ramirez et al, 1998).…”
Section: Resultsunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Além disso, essa espécie também já foi amplamente detectada em solos brasileiros (Straliotto et al, 1999;Hungria et al, 2000;Andrade et al, 2002;Mostasso et al, 2002;Soares et al, 2006;Giongo et al, 2007) e, em um estudo com R. etli de solos dos Estados de Pernambuco e do Paraná, o 16S rRNA apresentou maior semelhança com a estirpe mexicana CFN 42 T (Grange et al, 2007). Existem evidências de que o feijoeiro é cultivado há milhares de anos no Brasil, e feijões de origem mesoamericana foram encontrados em sítios arqueológicos, com indicações de que houve um intercâmbio entre as populações indígenas do México e do Brasil (Freitas, 2006). Desse modo, a introdução de R. etli no Brasil pode ter sido via sementes do México, que são capazes de carregar células viáveis de rizóbios (Pérez-Ramirez et al, 1998).…”
Section: Resultsunclassified
“…Considera-se que o feijoeiro foi domesticado separadamente em dois centros distintos de diversidade genética, de modo que os alelos estão distribuídos em dois grupos: o mesoamericano, ou grupo do norte (do México à região norte da América do Sul -México, América Central, Colômbia, norte do Peru) e o andino, ou grupo do sul (do sul do Peru ao norte da Argentina -Equador, Bolívia, Peru, Argentina) (Debouck, 1986;Gepts & Debouck, 1991). No Brasil, não são encontrados ancestrais selvagens do feijoeiro (Debouck, 1986), mas essa leguminosa vem sendo cultivada no País desde tempos pré-históricos (Freitas, 2006).…”
Section: Introductionunclassified
“…Written history began, but was recorded from the European point-of-view, such that it has been suggested that the agricultural resources of indigenous populations today poorly reflect pre-colonial patterns (Prous 1997;FUNAI 2010). Therefore, the idea that common bean in Brazil is predominantly of Andean origin may not be correct, and a recent analysis of seeds from an archaeological site verified that the legume had a stronger influence from the Mesoamerican than from the Andean center (Freitas 2006). The Mesoamerican contribution was also discussed in terms of R. etli populations in two Brazilian states, showing high similarity with Mexican rhizobia (Grange et al 2007).…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Mesoamerica-including Colombia, Ecuador and north of Peru-and the Andean Region-from southern Peru to the north of Argentina-have been considered centers of domestication/diversity of common bean, and since wild relatives of common bean are not indigenous to Brazil, genotypes from both centers of origin have been cultivated there throughout recorded history (Gepts 1990;Kami et al 1995;Freitas 2006). Common bean is promiscuous in its symbiotic relationships, being capable of nodulating with a variety of rhizobial species (Jordan 1984;Martínez-Romero et al 1991;Segovia et al 1993;Amarger et al 1997;Valverde et al 2006), including several putative new species (e.g.…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…Common bean (Phaseolus vulgaris L.) is a native species of the Americas (FREITAS, 2006), that besides the economic importance has a social one as a food rich in protein and energy and as a generating source of jobs due to high demand for labor (SANTI et al, 2006).…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%