Benzoxatiol-2-onas e 1,3-Benzotiazóis como Potenciais Agentes Anticâncer e Antimicrobianos Resumo: Ao longo dos anos, o câncer e as doenças infecciosas aparecem entre as principais causas de morte no mundo. Esses dados destacam a necessidade de novos protótipos para o desenvolvimento de quimioterápicos mais potentes e seletivos, bem como novos agentes antimicrobianos. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar as atividades anticâncer, antibacteriana e antifúngica de alguns derivados 1,3-benzoxatiol-2-ona e 1,3-benzotiazol. Os compostos foram testados quanto à atividade anticâncer in vitro frente às linhagens de células de câncer de melanoma (SKMEL-19, de líquido ascítico (AGP-01 e de mama (MCF-7 pelo ensaio MTT. O perfil de toxicidade contra eritrócitos e fibroblastos humanos normais (MRC-5 também foi avaliado. Além disso, foram realizados ensaios in vitro de triagem antimicrobiana (TSA, concentração inibitória mínima (CIM, concentração bactericida mínima (CBM e concentração fungicida mínima (CFM contra bactérias Gram-positivas e Gramnegativas, bem como contra espécies do gênero Candida. Todos os testes foram realizados de acordo com os protocolos CLSI, utilizando vancomicina, ciprofloxacina e cetoconazol como fármacos de referência. O derivado 6-metoxi-benzo[d][1,3]oxatiol-2-ona (7) exibiu atividade citotóxica considerável (CI 50 = 3,3 μM) contra SKMEL-19 e o derivado (E)-4-((2-(benzo[d]tiazol-2-il) hidrazonometil)benzeno-1,2,3-triol (16m mostrou boa atividade contra todas as espécies de Candida (CIM 8-32 µg mL-1). A razão CBM/CIM dos derivados 16l e 16m os classificou como agentes bactericidas contra bactérias Gram-positivas. A substância 16m apresentou perfil fungistático contra Candida albicans e também espécies não albicans. De maneira geral, os resultados in vitro apontaram o potencial dos derivados 7 e 16m como novos protótipos anticâncer e antifúngico, respectivamente, para serem mais explorados, uma vez que também apresentaram baixo perfil de toxicidade.