“…Todo esse conjunto de trabalhos de história oficial, a despeito das suas diferenças internas, assume uma mesma perspectiva historiográfica que, elegendo o discurso dos dirigentes universitários como fonte privilegiada de pesquisa, concebe a história da USP como uma trajetória bem sucedida, operando, por esse mesmo movimento, uma legitimação dos grupos e indivíduos responsáveis pela sua concepção e direção, dos lugares sociais de onde provêm, bem como dos projetos de universidade de que são portadores 11 . Essa tendência aparece de modo explícito na obra do ex-reitor Jorge Americano, um catedrático da Faculdade de Direito com extensa carreira política que, logo após deixar a reitoria e 2005Lacaz & Mazzieri, 1995;Marinho, 2001Marinho, e 2003Marinho & Mota, 2012;Martins & Barbuy, 1998;Mota, 2005;Motoyama & Nagamini, 2004;Nagamini, 1994;Nakata, 2003Nakata, , 2007Nakata, e 2013Padilha, 2010;Queiroz Filho, 2008;Reale, 1997;Ricci, 2006;Samara & Facciotti, 2004;Santana, 1996;Santos, 1985, Venancio Filho, 2004, outras unidades de menor prestígio como a Faculdade de Odontologia, a Escola de Enfermagem, a Faculdade de Saúde Pública, para ficar apenas nas escolas profissionais da capital, possuem uma tradição historiográfica bem mais discreta (cf. Brener & Cesar, 2010;Russo, 2006).…”