Resumo A indústria brasileira de cerâmica vermelha, que demanda um alto consumo de argila de 10 milhões de toneladas/mês, pode contribuir para a sustentabilidade com a incorporação de resíduos na massa argilosa. Vários resíduos têm sido testados em pesquisas científicas ou empiricamente nas olarias. É importante que as misturas argilosas contendo resíduos sejam moldadas por meio de metodologia simples que possa ser empregada na própria olaria, tal como a metodologia das esferas. Com isso, o objetivo da pesquisa é utilizar a metodologia das esferas para avaliar 3 resíduos para uso em cerâmica vermelha. O resíduo de rocha ornamental, lama de alto forno e resíduo de massa argilosa crua da olaria se tornam passivos ambientais quando não reaproveitados. Os resíduos foram caracterizados por: FRX, DRX, limites de Atterberg e granulometria. Massas argilosas com resíduos em teores variando de 5% a 50% (massa) foram conformadas, queimadas em forno da olaria à 850ºC para verificar: absorção de água, porosidade e massa específica aparentes; e resistência mecânica. Os resultados mostram que a massa argilosa com o resíduo de rocha e com lama de alto forno no teor de 10% apresentaram maior resistência mecânica. Já o resíduo de massa argilosa crua proporcionou melhorias na massa argilosa em até 50%. Palavras-chave: Resíduo de rocha ornamental; Lama de alto forno; Massa argilosa crua; Cerâmica vermelha; Incorporação.