A malária é um problema de saúde pública global, com 216 milhões de casos em 2016, sendo que no Brasil houve 191 mil em 2017. É transmitida especialmente em áreas endêmicas, na região da Amazônia brasileira, embora com registros nas áreas não endêmicas com elevada letalidade. Nesse sentido, buscou-se caracterizar o perfil epidemiológico dos portadores de malária na região extra-amazônica brasileira nos anos de 2012 a 2017 e para isso, foi realizado um estudo descritivo utilizando-se de dados secundários dos casos confirmados e notificados de malária na região extra-Amazônica brasileira, obtidos dos arquivos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. No período em questão, foram notificados 3.797 casos, a maioria homens (79,0%), de 20–39 anos de idade (48%) e 40–59 anos de idade (35,5%), raça não branca (46,6%), na região sudeste do país e em decorrência P. vivax (66,7%), e cujos primeiros sintomas surgiram nos meses de dezembro a março. Observou-se perfil importante de características associadas aos casos na área não endêmica do país e que ações de controle e vigilância permanentes precisam ser realizadas contra o mosquito transmissor da doença.