Estudantes africanos em universidades brasileiras: os desafios da internacionalização “às avessas” no cotidiano universitário

Abstract

Estudantes africanos em universidades brasileiras:os desafios da internacionalização "às avessas" no cotidiano universitário AbstRActThe objective of this research was to understand the internationalization process in higher education and its impacts, considering the presence of African students in two Brazilian universities. The approach of the research was qualitative and a questionnaire has been applied with students, as well as a semi-structured interview made with the managing board. Among the reasons to study in Brazil, some of them stand out such as: a bigger acknowledgement of a foreign diploma, also a professional formation differential and improvement in the labor force inclusion. As challenges, they highlight the adaptation to linguistic variations and writing, including their difficulty with contents they had not been exposed to. They revealed they intend to return to Angola in order to help with their country's reconstruction, since that nation faced a civil war for 30 years. The managers revealed to be aware of the institutional strategies for internationalization, emphasizing sustainability and institutional actions dissemination as ways to give more visibility and turn the institutional image stronger. They support this process, hosting and sheltering those students and mention the social, cultural and academic values that come up from these experiences.Keywords: Internationalization. Higher Education. African students. ResumenEl objetivo de la investigación era comprender el proceso de internacionalización de la educación superior y el impacto que surge de la presencia de estudiantes extranjeros africanos en dos universidades brasileras. El enfoque de la investigación fue cualitativa y se administró un cuestionario a los estudiantes y llevó a cabo la entrevista semiestructurada con los gestores. Entre las razones para estudiar en Brasil pone de relieve el creciente reconocimiento Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada.

A internacionalização da Educação Superior: como o tema é tratado pelo campo da Educação?

“…Como pôde ser visto na Figura 2, a escala de análise dos artigos é variável: a questão pode ser tratada a partir da experiência dos estudantes (A. Oliveira & Freitas, 2016Costa, 2018;Cunha et al, 2017;Sena et al, 2014), dos docentes (A. Oliveira & Freitas, 2016Pinto et al 2018) e também pode ser abordada do ponto de vista da Instituição de Ensino Superior (IES) ou do Estado, tendo como foco as políticas públicas para internacionalização (Davis et al, 2016;Maués & Bastos, 2016Vieira et al, 2018).…”

“…301) No que diz respeito à experiência proporcionada pela mobilidade aos alunos intercambistas, ela é considerada ótima e boa, entretanto, uma grande dificuldade é a comunicação, pois no início da mobilidade a maioria dos indivíduos não se considera fluente no idioma do país para o qual viajaram (Sena et al, 2014). A língua é um desafio até mesmo para intercambistas vindos de países onde a língua oficial também é o português, como apontou Cunha et al (2017) em sua pesquisa com angolanos em mobilidade no Brasil. Nesse caso, além das variações linguísticas, outras dificuldades apontadas foram o racismo e a aprendizagem por meio de pesquisa e extensão.…”

“…Nesse caso, além das variações linguísticas, outras dificuldades apontadas foram o racismo e a aprendizagem por meio de pesquisa e extensão. Já entre as motivações, estão principalmente a qualidade do ensino brasileiro, a possibilidade de conhecer uma nova cultura e a valorização do diploma estrangeiro no país de origem destes alunos (Cunha et al, 2017).…”

“…Na experiência de mobilidade, saber a gramática e a pronúncia de um idioma diverso não é suficiente, como aponta Costa (2018) A compreensão do fenômeno da internacionalização e seus significados, tal como desenvolvida por Hans de Wit, é abordada com frequência (Araújo & Silva, 2015;Cunha et al, 2017;Dal-Soto et al, 2016;Davis et al, 2016;Leal & Moraes, 2018;Luce et al, 2016;Morosini & Nascimento, 2017;Sena et al, 2014). A identificação de uma confusão entre os termos internacionalização e globalização, segundo a visão de P. Altbach, também é recorrente (A.…”

Higher Education internationalization: how do Education field studies address the topic?

“…As Figure 2 shows, the scale of analysis in the studies varies: from students' (A. Oliveira & Freitas, 2016Costa, 2018;Cunha et al, 2017;Sena et al, 2014) or teachers' experiences (A. Oliveira & Freitas, 2016Pinto et al 2018) to the perspective of higher education institutions or the State on internationalization public policies (Davis et al, 2016;Maués & Bastos, 2016Vieira et al, 2018).…”