Investigou-se o absenteísmo doença entre profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19 num Hospital Universitário na Região Sul do Brasil, no período de 11 de março de 2019 a 10 de março de 2022. Pesquisa epidemiológica retrospectiva, analisando dados documentais de fonte secundária, foram examinadas as ocorrências de afastamento, os dias totais de afastamentos destes profissionais obtidos por meio de órgãos de saúde do trabalhador do hospital dividido em três períodos de um ano cada. Os resultados indicam que no primeiro ano da pandemia, houve um aumento superior a 10 mil dias em relação ao período anterior. Auxiliares de Enfermagem tiveram a maior média de dias de ausência. A Clínica Médica, Centro Cirúrgico e Unidade de Cuidados Intensivos Adulto registraram maior número de afastamentos. As doenças infecciosas e parasitárias, especialmente a COVID-19, foram a principal causa de afastamento durante a pandemia, enquanto os transtornos mentais e comportamentais representaram o maior índice de afastamento em quantitativo de dias no primeiro ano. Doenças do sistema musculoesquelético também estiveram entre as principais causas de afastamentos no período anterior e durante a pandemia. A COVID-19 teve impacto significativo no absenteísmo dos profissionais de enfermagem de 2020 a 2022. As infecções por COVID-19 foram a principal causa de afastamento, mostrando alta exposição desses profissionais ao vírus. Houve aumento no número de dias de afastamento devido problemas mentais e comportamentais, refletindo a pressão psicológica enfrentada durante a pandemia. Doenças musculoesqueléticas também foram comuns, destacando os desafios físicos intensificados pelas demandas de trabalho durante esse período.