Estratégias de enfrentamento usadas por enfermeiros ao cuidar de pacientes oncológicos

Abstract

RESUMO: Objetivo: conhecer as estratégias que os enfermeiros utilizam para lidar com os abalos psicoemocionais advindos do processo de cuidado de pacientes oncológicos. Método: abordagem qualitativa, descritiva. Realizou-se entrevista aberta, com depoimento de nove enfermeiros, de um hospital oncológico da Zona da Mata Mineira, em Janeiro e Fevereiro de 2012. Da análise compreensiva com aproximação à fenomenologia emergiu que: os enfermeiros se comportam de maneiras distintas frente ao sofrimento e perspectiva da morte, ao enfrentar os abalos psicoemocionais no cuidar/assistir pessoas com câncer. Resultados: o enfrentamento dos desafios é feito através do distanciamento ou da aproximação, da busca espiritual, da presença da equipe interdisciplinar e da oferta assistencial qualificada. Considerações Finais: frente às peculiaridades de cada profissional e às diversas estratégias de enfrentamento adotadas, torna-se fundamental ouvir e dar voz ao enfermeiro em seu local de trabalho, para que este possa lidar melhor com as demandas da sua trajetória ocupacional. Descritores: Cuidados de enfermagem; Oncologia; Serviço hospitalar de oncologia.ABSTRACT: Objective: to know the strategies that nurses use to deal with physcoemotional shocks arised from the process of caring for cancer patients. Methods: qualitative and descriptive approach. We developed open interviews, with statements from nine nurses, of a cancer hospital from Mata Mineira Zone, in January and February 2012. From comprehensive analysis with phenomenology approach emerged that: nurses behave in different ways against the prospect of suffering and death, onaddressing psycho-emotional upheavals in care for/ assist people with cancer. Results: confronting the challenges is done through distance or closeness, through spiritual quest, through the

Pediatric oncology nursing workers: the use of defensive strategies at work

“…4 Reports also revealed that rationalization was seen by nurses as a strategy to deal with routine work in oncology. 13 A similar finding was observed in a study performed with nurses working in pediatric oncology, according to whom the concern about doing "all that can be done" for a patient and their family enabled workers to feel at peace. However, when health care actions were inefficient to alleviate children's pain and suffering, workers experienced feelings of guilt and helplessness.…”

“…In this study, participants reported that separating their professional life from their personal life was necessary, aiming to prevent that patient care influenced their lives out of the oncological hospital unit. 12,13 This shows that the use of such defensive strategy can be common in other contexts.…”

Assistência de enfermagem ao paciente oncológico hospitalizado: diagnósticos e intervenções relacionadas às necessidades psicossociais e psicoespirituais Nursing care in oncology hospitalized patients: diagnosis and interventions related to psychosocial and psychospiritual needs

“…2 Consequently, taking care of the patient implies recognizing his/her condition of weakness and insecurity by using technical and scientific knowledge reflexively, thus providing effective and humanized care. 3 In this perspective, the nurse is oriented to get fully involved with the care, paying attention not only to the psychobiological needs, but also to the psychosociological and psychospiritual needs. Psycholobiological needs refer to oxygenation, hydration, nutrition, elimination, sleep and rest, body care, motility, mobility, physical integrity, cutaneous and mucous integrity, shelter, sexuality, adjustment (thermal, hormonal, neurological, hydro saline, electrolytic, immunological, cell growth, vascular), perception (visual, olfactory, gustatory, auditory, tactile and painful), environment, and therapeutic.…”

Estratégias De Defesa Utilizadas Por Trabalhadores De Enfermagem Atuantes Em Pronto-Socorro

“…Nesse cenário, os trabalhadores de enfermagem têm um contato com o paciente e seus familiares, lidam com a morte e processo de luto da família e com o sofrimento dos pacientes (3) . O sofrimento desses profissionais diante da dor do outro é tão significativo que, se não forem encontradas formas de enfrentá-lo, o profissional poderá não ser capaz de desenvolver suas atividades rotineiras e pode vir a adoecer (5) . Assim, o profissional não gera uma descompensação psicopatológica (entendida como uma ruptura do equilíbrio psíquico, que se manifesta pela eclosão de uma doença mental), quando o sujeito emprega defesas contra esse sofrimento, que lhe permitem controlá-lo (6) .…”

“…As estratégias de defesa são meios utilizados, pelo trabalhador, para proteger-se do sofrimento; podem surgir frente a situações rotineiras e são vistas como uma maneira de não deixar que a assistência ao indivíduo influencie a vida do profissional fora da unidade hospitalar (5) .…”