Estimulação precoce em crianças prematuras durante visita domiciliar

Abstract

Objetivo: Avaliar os resultados da estimulação precoce global em crianças prematuras durante visita domiciliar. Método: Pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa-ação, realizada durante visita domiciliar em parceria com a Estratégia de Saúde da Família (ESF) de um bairro da periferia da cidade de Maceió, Alagoas. Foi realizada a avaliação e o acompanhamento de duas crianças, vinculadas à ESF. Os dados foram coletados a partir de entrevista semiestruturada e realização de exame físico, usando como base os marcos e gráficos disponibilizados pelo Ministério da Saúde e à luz do referencial teórico de Vigotski. Com base nos achados, foi realizado o planejamento de atividades que foram aplicadas em parceira com os genitores, no período de quatro semanas, sendo feita com o pesquisador uma vez por semana durante este período, e com reavaliação das crianças no último encontro. Resultados: Evidenciou-se que fatores como a idade materna e a renda foram fatores que influenciam negativamente o desenvolvimento infantil. Da mesma forma, que o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (CD) de prematuros na atenção básica não ocorre de forma satisfatória, sendo priorizadas as consultas em ambiente hospitalar. A estimulação global precoce contribuiu de forma positiva para as crianças do estudo, mas quando realizada no cotidiano da família. Conclusão: Ressalta-se a importância de profissional enfermeiro não só na vigilância ao CD, mas também como atuante na realização da estimulação precoce. Como limitação, o estudo trouxe um número pequeno de crianças avaliadas, e por isso, sugere-se a realização de pesquisas com um número ampliado para uma avaliação mais fidedigna.

Ações e atividades da estimulação precoce realizadas na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa

“…Essa revisão constatou que o acompanhamento do desenvolvimento não ocorre de forma satisfatória na APS, com isso, interfere diretamente na intervenção, ou seja, na EP. Fato esse, confirmado por Raimundo et al (2021), na qual apresentam a necessidade de utilizar outras estratégias, como por exemplo, a busca ativa e a visita domiciliar para a promoção de uma assistência de maior qualidade a essas crianças. Com essas estratégias, possibilita a melhora da vigilância do desenvolvimento.…”

“…Sabe-se que é essencial a participação dos cuidadores nesse processo, por isso, além de orientar, é necessário realizar um plano de ação de forma clara, podendo ser através de cartilha ou vídeo, além de ensinar como deve ser feito e acompanhar para realizar alterações do plano ao decorrer da evolução da criança ou ajustar alguma atividade que não esteja alcançando um objetivo estabelecido (Brasil, 2016). Raimundo et al (2021), descreve de forma mais compreensiva o que é realizado, segundo o mesmo com base na avaliação dos marcos de crescimento e desenvolvimento infantil é elaborado um plano de intervenções que contemple a faixa etária, esse plano deve conter ações de estímulo para diversas dimensões (sensorial, visual, auditiva, comunicação e motricidade). Em seu estudo, aborda que as atividades de EP precisam ser apresentadas e demonstradas para o responsável da criança, com o objetivo de incentivar a realizar as atividades apresentadas em momentos diferentes daqueles das visitas domiciliares.…”

“…A partir dos achados na avaliação e considerando as dimensões e a idade da criança, é elaborado ações e atividades que estimulem o desenvolvimento infantil. Os dois artigos selecionados, destacam a importância do meio externo da criança para esse processo, sendo utilizado seus próprios brinquedos, como uso de bolas de diferentes texturas, rolando-às fazendo com que ela busque o objeto desafiando diferentes posturas e estimulando o tato, uso de chocalhos e penduricalhos para estimular o visual e auditivo, e a interação familiar através do uso da comunicação para estimular a linguagem (Pinheiro-Rubim et al, 2021;Raimundo et al, 2021).…”

“…Segundo Araújo et al (2017), interprofissionalidade refere-se ao trabalho em equipe de saúde, respeitando a singularidade dos diversos núcleos de saberes e práticas profissionais, dialogando e construindo conhecimentos em conjunto, visando o melhor cuidado para o usuário. Sendo essencial para o desenvolvimento infantil, uma vez que terão oportunidade de experiências adequadas em todos os aspectos (Raimundo et al, 2021).…”

“…Mesmo que a criança esteja sendo acompanhada em unidades de referência ou especializadas, isso não exclui o papel da APS na vigilância do crescimento e desenvolvimento, além disso deve promover uma rede de apoio não apenas envolvendo a assistência à saúde, mas também de assistência social, creche e escolas (Raimundo et al, 2021).…”