O direito à cidade se constitui de diferentes sujeitos e projetos pensados a partir de necessidades e desejos e, vai além do direito às coisas e aos serviços urbanos. Ele se liga, sobretudo, à criatividade de (re)pensar no mundo. É no urbano que as grandes relações capitalistas de produção e as relações de trabalho e de capital são realizadas. É neste espaço que o Estado interfere nas relações. Os conflitos por terra urbana decorrem, principalmente, das dificuldades da própria política habitacional. É neste espaço, com problemática global e de déficit habitacional, que se encontra a Comunidade Eugênio Pereira em Paço do Lumiar (MA). Essa comunidade re-existe por mais de 14 anos e luta pelo direito à moradia e contra o despejo forçado. Assim resolveu-se analisar o protagonismo da Comunidade Eugênio Pereira em Paço do Lumiar (MA) em 14 anos. Observou-se que durante esse tempo a comunidade se transformou e se consolidou. Contudo, mais que a insegurança social, a insegurança jurídica ainda “assombra” os moradores da comunidade. Nesse sentido, o título de propriedade ainda é um sonho para a integração da comunidade e seus moradores à cidade oficial.