Grandes desafios têm sido vivenciados desde o surgimento do novo Coronavírus, vírus responsável por provocar uma infecção que apresenta espectro clínico muito amplo, podendo variar de um simples resfriado a quadros de síndrome respiratória aguda grave. Alguns grupos de pessoas são mais suscetíveis a desenvolver as formas mais graves da doença, como idosos e portadores de comorbidades. Diante da alta transmissibilidade e gravidade da doença, tratamentos de saúde foram descontinuados devido à suspensão de serviços de saúde eletivos. Mediante a necessidade de continuar com o acompanhamento destes pacientes, a utilização de ferramentas tecnológicas foram amplamente divulgadas com o intuito de amenizar impactos negativos na saúde integral do idoso. O objetivo deste estudo foi identificar os determinantes sociais de saúde e as condições clínicas de idosos, por meio de uma tecnologia em saúde, tipo software, como instrumento para monitoramento da saúde dos idosos infectados pela COVID-19. Trata-se de um estudo transversal, realizado com idosos diagnosticados com hipertensão arterial sistêmica (HAS) e/ou diabetes mellitus (DM), que testaram positivo para COVID-19. A coleta de dados ocorreu em janeiro de 2022 utilizando o software para acompanhamento de pacientes com COVID-19, e se deu em quatro momentos: I-Ligação telefônica; II-Envio, via WhatsApp ou correio eletrônico, de google forms com Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; III -Envio do link do software para autopreenchimento; IV-Contato telefônico para avaliar o preenchimento. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial para análise dos dados. A média de idade foi de 69 anos (± 7,2), prevalência do sexo feminino (n=34; 63,0%) e HAS (n=50; 92,6%). A maioria reside em casa (n=42; 77,8%) com rede geral de distribuição de água (n=47; 87,0%). Os sintomas mais autorreferidos, durante o período da doença, foram: tosse (n=14; 45,1%); febre (n=7; 22,6%); cefaleia (n=6; 19,3%); e dor de garganta (n=6; 19,3%). Não observou-se significância estatística entre os sintomas apresentados pelos participantes e o fato de ter sido hospitalizado ou apresentado sequelas após a cura da doença. O contato telefônico permitiu fortalecer o vínculo com os idosos e o software foi uma ferramenta facilitadora no processo de coleta, demonstrando a importância das tecnologias em saúde para o acompanhamento dos pacientes sem que precisem estar em uma unidade de saúde.