Escore de Cálcio Coronário e Estratificação do Risco de Doença Arterial Coronariana em Pacientes com Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Aterosclerótico e não-Aterosclerótico

Abstract

Resumo Fundamento O acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) e a doença arterial coronariana (DAC) coexistem frequentemente e compartilham fatores de risco para doença aterosclerótica. Segundo a American Heart Association , os subtipos de AVEi podem ser considerados equivalentes de risco para DAC, mas a evidência para o AVEi não-aterosclerótico não está bem definida. Além disso, o escore de cálcio coronário (CAC) é um marcador preciso para estimar o risco de DAC. Entretanto, a distribuição do CAC pelos subtipos de AVEi ainda não foi bem caracterizada. Objetivos Comparar o CAC entre os grupos de AVEi ateroscleróticos e não ateroscleróticos, e determinar quais covariáveis estão associadas a CAC alto no AVEi Métodos Em um estudo transversal, incluímos todos os pacientes com AVEi, com idades entre 45 a 70 anos no momento do acidente vascular, consecutivamente admitidos em um hospital de reabilitação entre agosto de 2014 e dezembro de 2016, sem DAC prevalente. Todos os pacientes passaram por tomografia computadorizada (TC), para medir o CAC. CAC≥100 foi considerado alto risco de DAC. O nível de significância foi p<0,05. Resultados Dos 244 pacientes estudados (média de idade de 58,4±6,8 anos; 49% do sexo feminino), 164 (67%) apresentavam etiologia não-aterosclerótica. As proporções de CAC≥100 foram semelhantes entre os grupos ateroscleróticos e não-ateroscleróticos (33% [n=26] x 29% [n=47]; p= 0,54). Entre todos os pacientes com AVEi, apenas os de idade ≥60 anos foram associados independentemente a CAC≥100 (RC 3,5; 95% IC 1,7-7,1), ajustado para hipertensão, dislipidemia, diabetes, sedentarismo, e histórico familiar de DAC. Conclusão O AVEi aterosclerótico não apresentou risco maior de DAC quando comparado ao AVEi não-aterosclerótico de acordo com o CAC. Apenas a faixa etária ≥60 anos – mas não a etiologia - foi associada independentemente a CAC≥100. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1144-1151)

Os benefícios do uso do escore de cálcio na prevenção de eventos cardíacos

“…Por fim, para pacientes com uma pontuação de CAC acima de 199 (percentil 75 ou superior), a terapia com estatina é recomendada.30 As diretrizes para iniciar estatina com base nas pontuações de CAC para pacientes de 40 a 75 anos e LDL-C maior ou igual a 70 ou menor que 190 mg/dL são mostradas (Hussain et al, 2023). Outro estudo realizado por Negrão et al (2020) utilizou da CAC para estratificação do risco de doença arterial coronariana (DAC) em pacientes com acidente vascular encefálico (AVE) aterosclerótico e não aterosclerótico. A prevalência entre ambas é estimada em 70%, sendo que a relação entre elas pode ser explicada pela semelhança entre suas fisiopatologias e risco aterosclerótico relacionado à hipertensão, tabagismo e dislipidemia (Negrão et al, 2020).…”

“…Outro estudo realizado por Negrão et al (2020) utilizou da CAC para estratificação do risco de doença arterial coronariana (DAC) em pacientes com acidente vascular encefálico (AVE) aterosclerótico e não aterosclerótico. A prevalência entre ambas é estimada em 70%, sendo que a relação entre elas pode ser explicada pela semelhança entre suas fisiopatologias e risco aterosclerótico relacionado à hipertensão, tabagismo e dislipidemia (Negrão et al, 2020).…”

“…O risco apresentado pela DAC foi semelhante entre grupos AVE aterosclerótico e não aterosclerótico e a idade maior ou igual a 60 anos esteve associada a CAC maior ou igual a 100. Apesar dos resultados terem sido diferentes do esperado pelo Negrão et al (2020) a utilização do escore permitiu realizar a associação entre eventos cardiovasculares e seus fatores de risco (Negrão et al, 2020).…”

Perfil Dos Usuários Diabéticos Atendidos Em Uma Unidade Básica De Saúde No Sertão Paraibano

“…Dentre as complicações macrovasculares, verificou-se prevalência de acidente vascular encefálico e doença arterial coronariana, corroborando com estudos que demonstram que diabéticos apresentam incidência de doença cardiovascular e cerebrovascular aumentada em duas a quatro vezes e a mortalidade acrescida em 1,5 a 3,6 vezes (MAURICIO et al, 2020;IZAR et al, 2022). Ambas as patologias apresentam fatores de risco semelhantes, destacando-se hipertensão arterial sistêmica, tabagismo e dislipidemia (MAURICIO et al, 2020;NEGRÃO et al, 2020;.…”