O presente trabalho busca apontar possíveis diálogos entre o campo de pesquisa Teatro e Comunidade e as ocupações secundaristas que ocorreram durante o primeiro semestre de 2016 na Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro. Dentro dos espaços ocupados foi possível perceber que os estudantes ressignificaram a ideia de escola construindo práticas cotidianas a partir de seus próprios interesses. Nesse momento, o teatro passou a ser um aliado e muitos professores, artistas e simpatizantes das artes foram convidados pelos estudantes para propor encontros teatrais, como oficinas e apresentações de seus espetáculos. Perguntei-me qual pedagogia teatral um professor poderia propor dentro de um contexto tão específico para contribuir de alguma maneira à luta dos estudantes. Encontrei como resposta os estudos de Augusto Boal, Paulo Freire e pesquisadores do Teatro e Comunidade, que nortearam tanto as práticas teatrais desenvolvidas dentro das ocupações que pude visitar quanto a elaboração desse artigo.