Como pensar a partir do emaranhamento humano na vida não-humana, em vez de a partir de uma suposição de separação e exceção? Como colocar em prática uma ética do conhecimento não universalizante e desumanista? Como praticar uma política do conhecimento em relação aos animais não-humanos, construída sobre o princípio de uma continuidade diferencial ou do parentesco na diferença, em vez da lógica da analogia que é a lógica partilhada do antropocentrismo e de outros modos opressivos de pensamento? Este artigo aborda a política performativa do conhecimento operante em relação aos conceitos de política, performance e animalidade, e a emergência da performance interespécies como uma prática ético-política referenciada no trabalho de Julietta Singh, Eva Meijer, Una Chaudhuri e Black Vegan Scholarship.