RESUMO O termo Epigenética refere-se a alterações não genéticas, herdáveis e reversíveis que ocorrem à nível de expressão genica e não alteram a sequência de bases do DNA. Essas alterações, também conhecidas como epimarcas, são responsáveis por ditar quais genes serão transcritos e quais serão reprimidos e podem ocorrer no genoma de um indivíduo ou serem desfeitas a qualquer momento, podendo inclusive, acarretar o surgimento de algumas patologias, como tumores. Este estudo desenvolveu-se por meio de pesquisas bibliográficas, englobando 56 artigos científicos publicados entre 1989 e 2020. Sabe-se que os marcadores epigenéticos são extremamente complexos e essenciais, porém são flexíveis e pequenas alterações na manutenção das epimarcas podem acarretar processos indesejados. Os marcadores epigenéticos ligados às histonas, estão relacionados à susceptibilidade destas proteínas a sofrerem alterações pós-traducionais, como acetilação, metilação, fosforilação e ubiquitinação, que são responsáveis por formar regiões de eucromatina ou heterocromatina, modificando a acessibilidade da cromatina. A metilação do DNA, outro marcador muito importante, pode ocasionar diversas modificações bioquímicas que influenciam na ativação ou desativação genica, sendo, por exemplo, regiões ativas da cromatina são pouco metiladas. Neste contexto, processos como estresse oxidativo e inflamação destacam-se pela capacidade de causarem modificações