“…Dos anos 1960 à atualidade, a hibridação de gêneros e referências no cinema de Reichenbach foi descrita de diferentes modos, incluindo discursos acadêmicos, da crítica e do próprio cineasta. Entre as definições próximas ao contexto histórico, vale lembrar as tensões entre sexo e política, referidas por Jairo Ferreira acerca de Audácia!, como uma "dialética freudiana sexo-política"(Ferreira, 1968). Na mesma linha, podemos retomar as afirmações do crítico e montador Inácio Araújo sobre a reflexividade de Reichenbach, destacando um possível "movimento centrífugo"; que não seria uma atitude imitativa ou metalinguística, mas um movimento de absorção das coisas e do mundo, "que as deglute e as reconverte, apaixonadamente, em cinema, em imagens que falam, como poucas, de seu país e de sua cidade"(Araujo, 2003, p. 128).…”