2017
DOI: 10.7213/rpa.v28i61.19839
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ENTRE REAL, SIMBÓLICO E IMAGINÁRIO: Leituras do autismo

Abstract: A partir de afirmações, amiúde reiteradas por psicanalistas na atualidade, que circunscrevem o autismo exclusivamente no Real, coloca-se em discussão a articulação entre os três registros que compõem a realidade psíquica, mostrando a interdependência dos mesmos. Propõe-se a consideração do mecanismo da recusa no autismo como índice de presença, mesmo que restrita, também dos registros Simbólico e Imaginário, à luz de algumas observações depreendidas da obra de Jacques Lacan. Para isso, é indispensável pensar a… Show more

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“…O autor explica que, nesse caso, não há afânise do sujeito, ou seja, o sujeito se recusa a desaparecer sob a demanda do Outro, a tomar o lugar de objeto. Em decorrência disso, o autista fica reduzido a esse lugar prévio (Vorcaro & Lucero, 2010), ou seja, S1 não faz cadeia, não há intervalo entre S1 e S2. Tal processo de aglutinação significante, Lacan (1988) chama de holófrase, que, sem intervalo, impossibilita o jogo significante produtor de sentido (Pimenta, 2003).…”
Section: O Autismo Na Perspectiva De Lacanunclassified
“…O autor explica que, nesse caso, não há afânise do sujeito, ou seja, o sujeito se recusa a desaparecer sob a demanda do Outro, a tomar o lugar de objeto. Em decorrência disso, o autista fica reduzido a esse lugar prévio (Vorcaro & Lucero, 2010), ou seja, S1 não faz cadeia, não há intervalo entre S1 e S2. Tal processo de aglutinação significante, Lacan (1988) chama de holófrase, que, sem intervalo, impossibilita o jogo significante produtor de sentido (Pimenta, 2003).…”
Section: O Autismo Na Perspectiva De Lacanunclassified
“…Na fenda do intervalo significante, o infans deixaria de estar ligado apenas ao sentido que constitui o essencial da alienação, e passaria a se colocar no funcionamento da linguagem, ao articular-se ao objeto aelemento não significante, que tampona o intervalo significante. Recobrem-se duas faltas na forma lógica da interseção dos elementos comuns ao sujeito: a falta no Outro, aquilo que é impossível à linguagem, ou seja, o desejo, presença de algo que falta na articulação significante, que a fala não pode capturar, e a falta do sujeito que foi amputado de seu ser pelo sentido que lhe foi dado (Vorcaro e Lucero, 2010).…”
Section: As Estruturas Clínicas Como Registros De Existênciaunclassified
“…Frances Tustin (1975Tustin ( ,1984, Colette Soler (2007), Angela Vorcaro (1999Vorcaro ( , 2003Vorcaro ( , 2008Vorcaro ( , 2010, Marie Christine Laznik (2011Laznik ( , 2013, Éric Laurent (2014), Jeanne Marie de Leers Costa Ribeiro (2005), Lia Ribeiro Fernandes (2000), dentre outros. Entre os textos freudianos não há relatos de casos clínicos com crianças autistas, porém muitas de suas formulações psicanalíticas são fundamentais para o estudo e a investigação desse intrigante tema, como sua abordagem sobre o circuito pulsional em especial a partir das "pulsões e suas vicissitudes" (1915) e "além do princípio do prazer" (1920).…”
Section: Introductionunclassified
“…Nesse sentido, essa voz não funciona como suporte do simbólico, como um suporte de uma mensagem a ser enviada. Essa voz aparece dissociada, a ponto de não se estabelecer para a criança o enodamento dos registros, e a letra (simbólico) não pode ter função de fazer borda com o real e o simbólico.Para Di Ciaccia a fala dirigida à criança toma o valor de gozo traumático, congelando a criança, pois o simbólico toma o valor de real(VORCARO, 2010).66 Retirado do texto não publicado Holófrase e Lalíngua. No entanto esse caso foi discutido no artigo A encorporação de uma voz, pelas autoras Angela Vorcaro e Lia Navegantes, do livro Quem Fala na Língua (Salvador: Ágalma, 2004).…”
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