2018
DOI: 10.12957/irei.2018.35858
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Entre Objetos da Ciência e Vítimas de um Holocausto Negro: Humanização, agência e tensões classificatórias em torno das ossadas do sítio arqueológico Cemitério dos Pretos Novos

Abstract: Este artigo procura problematizar alguns agenciamentos de vestígios humanos a partir da análise do tratamento dado a ossadas encontradas em 1996, no subsolo de uma residência familiar, na região portuária do Rio de Janeiro. Inspirando-me nas obras de Bruno Latour e Michel Callon, procuro observar como se constrói progressivamente o fato científico de que esses ossos pertencem ao sítio arqueológico Cemitério dos Pretos Novos, destinado ao enterramento de africanos que morreram logo após o desembarque dos navios… Show more

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“…Desde a décadade 1990, as análises que vêm se debruçando sobre a superação de dicotomias como natureza e cultura, sujeito e objeto, entre outras, têm aberto o caminho para que novas coisas sejam consideradas evidências capazes de influenciar as ações humanas. Peixes que aprendem e ensinam a pesca(Catão;Barbosa, 2018), restos humanos cuja agência transforma a trajetória esperada das pessoas que com eles se encontram(Vassallo, 2018) e plantas seguindo pesquisadores pela cidade (Almeida, 2016) são parte desse novo mundo interpretado como composto de redes sociotécnicas(Latour, 2000), onde todas as materialidades visíveis e invisíveis (Ingold, 2011) contribuem para a construção dos valores e regimes que estruturam cotidianamente nossas vidas. Procurei, aqui, tratar simetricamente coisas classificadas de formas muito distintas como arte, documentos, rastros ou restos, entre outros, para dar sentido aos caminhos trilhados por Olly.…”
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“…Desde a décadade 1990, as análises que vêm se debruçando sobre a superação de dicotomias como natureza e cultura, sujeito e objeto, entre outras, têm aberto o caminho para que novas coisas sejam consideradas evidências capazes de influenciar as ações humanas. Peixes que aprendem e ensinam a pesca(Catão;Barbosa, 2018), restos humanos cuja agência transforma a trajetória esperada das pessoas que com eles se encontram(Vassallo, 2018) e plantas seguindo pesquisadores pela cidade (Almeida, 2016) são parte desse novo mundo interpretado como composto de redes sociotécnicas(Latour, 2000), onde todas as materialidades visíveis e invisíveis (Ingold, 2011) contribuem para a construção dos valores e regimes que estruturam cotidianamente nossas vidas. Procurei, aqui, tratar simetricamente coisas classificadas de formas muito distintas como arte, documentos, rastros ou restos, entre outros, para dar sentido aos caminhos trilhados por Olly.…”
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