RESUMOVerificar a associação da violência contra a mulher perpetrada pelo parceiro íntimo, durante o período gestacional e a amamentação exclusiva foi o objetivo deste artigo, um estudo de coorte, realizado com gestantes que fizeram pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, da região sudoeste, do município de Campinas-SP. Foram acompanhadas durante o período de pré-natal e pós-natal n=1239 (89,8%) gestantes. Não concluíram o acompanhamento 140 (10,2%). Altas prevalências foram constatadas 270 (19,6%) relataram ter sofrido violência na atual gestação, sendo 263 (19,1%) violência psicológica (VP) e 89 (6,5%) violência física/sexual (VFS). Não foi observada nenhuma associação entre violência e aleitamento materno exclusivo. Fatores de risco para a não amamentação foram, recém-nascidos com peso inferior a 2,500 gramas, ter tido problemas de saúde após o nascimento e usar chupeta (<0,001). A gestante ter apresentado problemas de saúde, no momento do parto (0,002). A violência contra a mulher é um grave problema de saúde pública, sendo necessário que os serviços de saúde criem condições, para o acolhimento de maneira, integral e interdisciplinar buscando em outros campos das ciências instrumentos, que possam contribuir para o fortalecimento e empoderamento dessas mulheres.Palavras Chave: Violência doméstica contra a mulher, violência durante a gestação, aleitamento materno exclusivo.
ABSTRACTThe purpose of this study, to verify the association of the violence against the woman perpetrated by the intimate partner, during pregnancy and the exclusive breastfeeding. Cohort study, carry out with pregnant women that did prenatal in the Basic Units of Health, of the Southwest area, of the municipal district of Campinas-SP.They were accompanied during the period of prenatal and after birth n=1239 (89, 8%) pregnant. They didn't conclude the accompaniment 140 (10,2%). High prevalence 270 were verified (19,6%) they told to have suffered violence in the current gestation,