Abstract1 Ph. D. Spanish and Portuguese. Associate Professor of Portuguese -University of Florida. E-mail: eginway@ufl.edu. DOI: 10.5433/1679 This article focuses on the cyborg body in contemporary Mexican science fiction, contrasting it with its depiction in other countries of Latin America. Beginning in the 1990s, Mexican science fiction authors write stories about implants and neo-cyborgs, anticipating Alex Rivera's portrait of "cybraceros" in his (2008) film Sleep Dealer by nearly a decade. The defiant cyborgs of Mexico are distinct from those of the Southern Cone, where they relate most often to torture and unresolved political issues from the period of re-democratization, and from those of Brazil, where they are related to issues of race and urbanization. While in Mexico and Brazil the cyborg is often used as a critique of neoliberal policies and the privatization of public industries, the insistence on the embodiment of cyborgs in Mexico is often tied to labor and border issues, problematizing the idea of cyborg-mestizaje or hybridity. Heriberto Yepez questions concepts of hybridity that diminish the inherent sense of difference and struggle through a discourse of conciliation. The Mexican cyborg figure that insists on the importance of its body time and again demonstrates its resistance to facile notions of political and cybernetic hybridity.
ResumoEste artigo enfoca o corpo cyborg na ficção científica mexicana, contrastando-o com as representações em outros países da América Latina. A partir dos anos 1990, autores de ficção científica mexicana escrevem estórias sobre implantes e neo-cyborgs, antecipando em quase uma década o retrato de "cybraceros" de Alex Rivera em seu filme Sleep Dealer (2008). Os cyborgs provocadores do México são distintos daqueles do Cone Sul: eles se relacionam mais frequentemente à tortura e a outras questões políticas não resolvidas do período de redemocratização, enquanto os do Brasil estão relacionados a questões sobre raça e urbanização. Enquanto no México e no Brasil o cyborg é frequentemente usado como crítica às políticas neoliberais e à privatização de empresas públicas, a insistência na personificação do cyborg no México é frequentemente amarrada a questões sobre trabalho e fronteira, problematizando a ideia da mestiçagem-cyborg e da hibridação. Heriberto Yepez questiona conceitos de hibridação que desmerecem o sentido inerente de diferença e luta por meio de um discurso de conciliação. A figura do cyborg mexicano que insiste na importância do tempo de vida de seu corpo, novamente demonstra sua resistência a noções fáceis de hibridação política e cibernética.