“…Contudo esse cenário foi impactado profundamente devido a pressão, assédio e violência do processo de con ngenciamento da mobilidade e da imposição em viver nas áreas des nadas à acomodação das parentelas. O efeito da recusa pode ser notado nas narra vas de dispersão, fuga e fi ssura das parentelas, ou nos termos da fala de uma ñandesý kaiowá na ocasião de uma reunião na Aldeia Jaguapiru, Nossos exercícios etnográficos (SERAGUZA, 2013 ), (CARIAGA, 2102) somam-se a outros trabalhos que procuram ampliar os conceitos etnográfi cos acerca da ação polí ca kaiowá e guarani, como os realizados Morais (2016), Crespe (2015), Pimentel (2012) e Pereira (2004, que adensam etnografi camente questões acerca das diferenças nos modos como as famílias kaiowá e guarani, longe de cumprirem a trágica premissa pessimista, acerca da aculturação e do desaparecimento descritas em Schaden (1974), estão ampliando e mul plicando os sen dos e as potências acerca dos seus modos de ser, como estratégias polí-cas que assegurem, por meio da agência de seus modos de existência, formas polí cas de transformar a alteridade em um meio de produção de sua socialidade. A cosmopolí ca entre os e as Kaiowá e Guarani é atravessada pelas rezas e cantos dos ñanderu e ñandesy (rezador e rezadora, ou xamãs).…”