Elementos facilitadores ou dificultadores do processo de Transição do Cuidado: uma revisão integrativa

Abstract

Objetivo: sumarizar na literatura os elementos que facilitam ou dificultam a transição do cuidado de usuários adultos na perspectiva do enfermeiro e/ou usuários de serviços de internação hospitalar cirúrgica para o domicílio ou Atenção Primária à Saúde. Materiais e método: trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A busca aconteceu no mês de janeiro de 2021, nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, National Library of Medicine/ National Institutes of Health e SciVerse Scopus. Para a seleção dos estudos, utilizou-se a classificação de níveis de evidência. Resultados: Foram localizadas 731 produções, destas, 23 compuseram o corpus do estudo. Os elementos identificados na literatura como facilitadores ou dificultadores do processo de transição do cuidado foram: condução do planejamento de alta, acompanhamento ambulatorial, monitoramento e gerenciamento de sintomas após a alta, educação e promoção do autogerenciamento, segurança das medicações, organização, clareza, disponibilidade, em tempo hábil de informações, comunicação e coordenação do cuidado entre membros da equipe de saúde. Conclusões: estudos como este, são fundamentais para dar visibilidade ao enfermeiro na transição do cuidado, e refletir sobre a importância do trabalho articulado em redes nos diferentes níveis de atenção à saúde.

Ações de Referência e Contrarreferência para a transição do cuidado na Atenção Primária à Saúde

“…No estudo de Oliveira LS, et al (2021) foi mostrado que a ausência de protocolo que determina o fluxo entre os pontos da RAS gera consequências como, aumento no índice de reinternações, quebra de vínculo entre paciente e profissional e fragmentação do cuidado. Os autores ainda enfatizam que, os profissionais precisam conhecer o fluxo estabelecido na RAS, quando existente, pois facilita a continuidade do cuidado prestado.Um sistema de R e CR falho se caracteriza como problema de saúde pública, podendo ocasionar atrasos nos tratamentos, fragmentação do cuidado e insatisfação do paciente e dos familiares, aumentando assim o gasto da máquina pública e os índices de mortalidade(BANDEIRA D, et al, 2021). Uma comunicação vulnerável entre os serviços da rede e uma fragilidade no sistema de informações são fatores que comprometem a integração e fazem com que a garantia da continuidade do cuidado não seja alcançada (NÓBREGA VMD, et al, 2017).…”