Uma das principais preocupações na prestação da assistência à saúde está relacionada ao processamento dos produtos utilizados. Portanto, essa qualidade no processamento dos produtos só será efetiva, quando reduzir ou destruir a carga microbiana, mantendo sua funcionalidade e integridade. Assim sendo, o gás ozônio, conhecido pela sua ação antimicrobiana, surge como potencial alternativa para facilitar alguns mecanismos de esterilização de alguns instrumentais médico-hospitalares. Objetivou-se, nesta pesquisa, estimar a carga microbiana e avaliar a eficácia do gás ozônio na descontaminação de canetas de bisturi elétrico nos diferentes tempos de tratamento. Foram coletadas amostras das canetas de bisturi elétrico antes do tratamento com ozônio e 5, 10 e 15 minutos após a exposição ao gás, e realizadas as culturas para bactérias e fungos em meios seletivos e não seletivos, sempre em triplicata. Os resultados foram avaliados por meio do teste de Kruskal-Wallis com posterior teste de comparação múltipla de Dunn. Os microrganismos isolados antes do tratamento foram: Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Candida albicans, Proteus vulgaris, Micrococcus spp, Bacillus spp., Proteus mirabilis. Após a exposição ao gás ozônio, pôde-se observar que nos microorganismos Staphylococcus aureus, Micrococcus spp. e Bacillus spp., o ozônio promoveu a destruição dos microrganismos no tempo de 10 minutos. Na Escherichia coli, Proteus mirabilis e Proteus vulgaris essa morte aconteceu já na exposição a 5 minutos. O único microrganismo que necessitou de 15 minutos de exposição para ser eliminado totalmente foi a Candida albicans. Pode-se concluir que na metodologia adotada o gás ozônio foi eficiente na esterilização de canetas de bisturi elétrico, quando o tratamento se deu a 15 minutos de exposição.