Efeitos do exercício físico no controle clínico da asma

Abstract

<p>A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas cujo diagnóstico é clínico e o tratamento visa principalmente controlar os sintomas e diminuir os riscos de exacerbação. Mesmo sob tratamento clínico-medicamentoso adequado, os pacientes nem sempre atingem o controle clínico adequado. Por isso, recomenda-se o uso de terapias não farmacológicas, destacando-se o exercício físico (EF), que é, atualmente, reconhecido como parte fundamental do programa de reabilitação para asmáticos. A revisão que se segue objetivou explorar os aspectos relacionados à melhora do controle clínico da doença induzidos pelo EF em pacientes asmáticos. Para tanto, foram revisados artigos publicados na base de dados Pubmed e SciELO (de 1970 a 2015). Verificou-se que os primeiros estudos sugeririam que o EF, predominantemente aeróbio, melhora o condicionamento físico e a percepção de falta de ar (dispneia). Essa tendência foi mantida até os anos 90 e a partir de então surgiram estudos com maior rigor metodológico mostrando que o EF pode reduzir o broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE), a responsividade brônquica bem como e a capacidade física aeróbia. Evidências mostrando que o EF melhora os fatores de saúde relacionados à qualidade de vida, o controle clínico da asma e a inflamação pulmonar passaram a ser melhor investigados apenas nos últimos 5 anos. Atualmente, considera-se a prática de EF como um componente fundamental no programa de tratamento para pacientes com asma moderada e grave, quando realizado com predominância aeróbia, em intensidade de baixa a moderada e feito pelo menos duas vezes por semana de forma individualizada. Portanto, o exercício físico parece potencializar o controle clínico da asma através da melhora do condicionamento físico, sendo importante sua indicação na prática clínica para os pacientes que estão em tratamento clínico-medicamentoso otimizado.</p>

Increased physical activity reduces sleep disturbances in asthma: A randomized controlled trial

“…Therefore, physical training is recommended for individuals with asthma 13 . The benefits include a reduction in the risk of EIB, 14 improvement in sleep quality, 15,16 asthma control, symptoms, 17,18 and psychosocial status 17 .…”

“…11,12 Therefore, physical training is recommended for individuals with asthma. 13 The benefits include a reduction in the risk of EIB, 14 improvement in sleep quality, 15,16 asthma control, symptoms, 17,18 and psychosocial status. 17 In addition, physical training also decreases nocturnal asthma symptoms and improves sleep quality in non-obese asthma individuals.…”

Can physical exercise assist in controlling and reducing the severity of exercise‐induced bronchospasm in children and adolescents? A systematic review

“…9,10 A recent systematic review pointed to a 46% prevalence of EIB in children and adolescents with asthma in Europe, Africa, Asia-Pacific, and America, estimating that about 16.5 million of this population up to 18 years of age may develop EIB, 11 and with that impair their practice of activities and games in such an important phase of life, which is fundamental for physical, psychological, and mental development. Although physical exercise is a triggering agent for EIB, its practice is reported as a great ally in treating asthma in children and adolescents, 12 in addition to the already known effects of improvements in cardiorespiratory fitness, reduction of post-exercise dyspnea and improved quality of life. [13][14][15] Because it is a limiting factor for involvement and practice of physical exercise, understanding the ways of diagnosing EIB and intervention with physical exercise in children and adolescents may contribute to providing guidelines to more assertively practice physical exercise in this population.…”

Asma e fatores associados em usuários da atenção primária do município de Ribeirão Preto-SP

“…O diagnóstico da asma é baseado nas condições clínicas e funcionais do paciente e pode ser definido através de sintomas característicos da doença que incluem: a presença e variação de sintomas respiratórios (dispneia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou dor torácica), melhora dos sintomas através do uso de medicações específicas para a asma (broncodilatadores e anti-inflamatórios esteroides), histórico médico detalhado (anamnese e exame clínico), evidência de limitação do fluxo aéreo expiratório variável, que pode ser confirmada através do teste de função pulmonar e reversibilidade positiva ao broncodilatador e pela exclusão de diagnósticos alternativos. Além disso, o diagnóstico clínico pode ser complementado por outros exames como variabilidade diurna diária do fluxo expiratório máximo e o teste de broncoprovocação brônquica (FREITAS; SILVA; CARVALHO, 2015).…”