O acidente vascular encefálico (AVE), atualmente, é a terceira doença que mais mata no mundo e uma das principais causas de morte no Brasil. Os principais comprometimentos diretos são déficits somatossensitivos, visuais e motores entre outros. O uso da água no tratamento das disfunções sensório-motoras causadas pelo AVE, constitui uma prática que utiliza os princípios físicos da água, direcionando a intervenção fisioterapêutica. Desse modo, este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento e análise crítica da literatura, sobre os efeitos da hidroterapia na reabilitação de pacientes com sequelas de AVE. Realizou-se uma revisão sistemática de literatura, com a busca de artigos nos portais/bases de dados eletrônicos: PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Utilizou-se o cruzamento de três descritores em inglês indexados no Medical Subject Headings (MeSH) e em português para os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram incluídos na revisão estudos do tipo observacionais e de intervenção, publicados no período de janeiro de 2010 a abril de 2020. Os resultados apontam que a Hidroterapia contribui para o ganho de funcionalidade, equilíbrio, velocidade da marcha, comprimento do passo e qualidade de vida em pacientes com sequelas de AVE. A hidroterapia tem eficácia nos pacientes pós-AVE, apresentando diversos benefícios como diminuição da espasticidade e fortalecimento muscular.