Efeitos da atividade física na melhora do sono de idosos

Abstract

<jats:p>Este estudo objetiva analisar os principais efeitos da prática da atividade física na melhora do sono em idosos. No artigo busca-se, ainda, identificar os principais distúrbios relacionados ao sono; verificar as possíveis implicações que a falta de sono causa à saúde do indivíduo; bem como apresentar recomendações de atividades físicas ao público idoso visando a melhoria do sono. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, de abordagem qualitativa, em que foi utilizado trabalhos científicos selecionados a partir do objeto de estudo: atividade física e sono de idosos. As conclusões apontam que a prática da atividade física melhora significamente o padrão do sono em pesssoas idosas, pois a regularidade da atividade física exerce papel fundamental nas vidas dos idosos, principalmente no que compete à alterações fisiológicas. A atividade física atua na prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, uma vez que os exercícios podem auxiliar no tratamento e prevenção de alguns distúrbios do ciclo sono-vigília, por diminuir a fragmentação do sono, ou por aumentar o sono de ondas lentas. Identificou-se que a A. F. ajuda na melhora da mobilidade, exercendo significativa importância quanto à capacidade funcional e psicológica, principalmente por melhorar a qualidade de vida durante o processo de envelhecimento.</jats:p>

A influência do exercício aeróbico de intensidade moderada na qualidade do sono: uma revisão narrativa

“…Assim, a privação do sono pode interferir diretamente nos componentes funcionais, na nutrição e bem-estar das pessoas (KASHEFI; MIRZAEI; SHABANI, 2014), gerando consequências como sonolência, insônia, fadiga, depressão, prejudicando a funcio-nalidade do coração entre outras consequências (KASHE-FI;MIRZAEI;SHABANI, 2014;KELLEY;KELLEY, 2017;REID et al, 2010). A literatura cita que pessoas com privação do sono terão maior probabilidade de desenvolver doenças como diabetes, obesidade, hipertensão, depressão e envelhecimento precoce (ABRAMS, 2015;DAMACENA;LOPES, 2020;KELLEY;KELLEY, 2017;VIEGAS, 2010).…”

“…Em síntese, os estudos apresentados no presente manuscrito indicaram que o turno de prática do exercício físico (manhã ou tarde) não influenciou os resultados, mas que os exercícios aeróbicos de intensidade moderada foram mais eficientes para diminuição da latência e melhorias na eficiência, qualidade do sono (PASSOS et al, 2011). Referente aos exercícios aeróbicos de intensidade moderada, os estudos citados, em usa grande maioria, apresentaram melhorias significativas da qualidade do sono, assim como de outras variáveis, como duração do sono, distúrbios do sono, latência do sono e eficiência do sono, depressão, vitalidade, sonolência diurna, humor, aptidão física, ansiedade e qualidade de vida, em comparação com os grupos controles ou com os grupos que praticaram exercício anaeróbico (AL-SHARMAN et al, 2019;ZEE, 2013;DAMACE-NA;LOPES, 2020;EL-KADER;AL-JIFFRI, 2019;EMARA et al, 2013;KASHEFI;MIRZAEI;SHABANI, 2014;KELLEY;KELLEY, 2017;KING et al, 2008;LØPPENTHIN et al, 2014;OLIVEIRA et al, 2018;PASSOS et al, 2011;PEREIRA;BRASILEIRO-SANTOS;LIMA, 2018;REID et al, 2010;STEFFENS et al, 2011;VIEIRA;CARDOSO FILHO, 2019;XARÁ, 2016;CHEN, 2018).…”

“…Os estudos também apontaram que a intervenção, utilizando o exercício aeróbico de intensidade moderada, evidenciouse como uma forma eficaz, não farmacológica, para melhoria da qualidade do sono, da percepção da qualidade do sono, assim como dos distúrbios do sono (AL-SHARMAN et al, 2019;DAMACENA;LOPES, 2020;EL-KADER;AL-JIFFRI, 2019;EMARA et al, 2013;KASHEFI;MIRZAEI;SHABANI, 2014;KELLEY;KELLEY, 2017;OLIVEIRA et al, 2018;VIEIRA;CARDOSO FILHO, 2019;XARÁ, 2016). Assim, os trabalhos revisados no presente estudo são favoráveis a hipótese levantada, na qual o indivíduo que pratica, regularmente, exercício aeróbico de intensidade moderada tem uma influência positiva da qualidade do sono.…”