Efeito da veloplastia intravelar sobre a nasalidade em indivíduos com insuficiência velofaríngea

Abstract

, Neivo Luiz Zorzetto (4) , Inge Elly Kiemle Trindade (5) RESUMO Objetivo: verificar o efeito da palatoplastia secundária realizada com veloplastia intravelar sobre a nasalidade e nasalância dos pacientes com fissura de palato reparada e insuficiência velofaríngea (IVF) e comparar os resultados entre estes pacientes, de acordo com o grau de fechamento velofaríngeo aferido na nasofaringoscopia. Método: estudo prospectivo com 40 pacientes de ambos os sexos, com idades entre 4 e 48 anos, com fissura de palato reparada e IVF residual, avaliado 3 dias antes e 8 meses após a palatoplastia, em média, divididos em dois grupos: um com 25 pacientes com falhas pequenas (grupo I) e outro com 15 pacientes com falhas médias a grandes (grupo II) no fechamento velofaríngeo. A hipernasalidade foi avaliada perceptivamente e nasalância foi avaliada por meio da nasometria. Diferenças entre grupos e etapas foram consideradas significativas ao nível de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética para Pesquisa com Seres Humanos da Instituição. Resultados: após a cirurgia, verificou-se redução da hipernasalidade em 84% dos pacientes do grupo I e em 73% dos pacientes do grupo II. Redução da nasalância foi observada em 52% dos casos do grupo I e em 43% dos pacientes do grupo II. Conclusão: a palatoplastia secundária com veloplastia intravelar levou à melhora da nasalidade na maioria dos pacientes analisados. Os resultados também demonstraram que a cirurgia foi mais efetiva nos pacientes que apresentavam falhas pequenas no fechamento velofaríngeo.

Comparação entre duas abordagens diferentes de tratamento cirúrgico da insuficiência velofaríngea

“…The effects of pharyngeal flap and secondary palatoplasty with intravelar veloplasty on the correction of speech symptoms (12,17,18,20,21) secondary to VPI and on the respiration of individuals (9,23,25) have been widely investigated and reported in the literature, in isolated manner. One of the few studies comparing the outcomes of these two surgeries on speech (10) demonstrated that pharyngeal flap was more efficient than intravelar veloplasty for reduction of hypernasality and adequacy of velopharyngeal closure in individuals with residual VPI.…”

“…This method is recommended for the diagnosis and followup of velopharyngeal insufficiency (12,13,20,28) . The method comprises measurement of nasalance, a physical measurement that corresponds to the relative quantity of acoustic energy emitted by the nasal cavity during speech.…”

“…without altering the anatomy of the velopharyngeal sphincter, thus reducing the morbidity risks (8,16,17,18) . One procedure used for that purpose is intravelar veloplasty (7,19,20,21) . The main objective of this surgical procedure is to reposition the soft palate musculature as posteriorly as possible, thus providing good mobility to the palatal vault and consequently improving the velopharyngeal competence (7,22) .…”

“…The main criterion to be considered to select individuals for intravelar veloplasty should be the anteriorized attachment of the palatal musculature and presence of small velopharyngeal gap (7,17,22) . Several studies demonstrated good speech outcomes in individuals with VPI submitted to intravelar veloplasty (8,16,17,18,20,21) . It is currently established in the literature that pharyngeal flap is indicated for individuals with severe VPI, i.e.…”

“…Conversely, intravelar veloplasty is more effective in cases of less severe VPI, individuals with small velopharyngeal gaps and/or marginal velopharyngeal function. However, intravelar veloplasty has been also shown as effective in the presence of severe VPI (17,20,21) . Even though intravelar veloplasty does not completely solve the speech symptoms in individuals with large gaps, some authors advocate the utilization of this procedure as first option for the treatment of VPI, since this is considered a more physiological procedure.…”