“…À proporção que práticas educativas contra-hegemônicas e comprometidas com uma formação omnilateral ganham destaque, a exemplo do modelo de Ensino Médio Integrado, desenvolvido no Brasil, da Educação profissional desenvolvida na Bolívia tanto em nível de Ensino Fundamental quanto de Ensino Superior, práticas essas atentas à valorização dos saberes e técnicas dos povos indígenas, há notável reação por parte de organismos multilaterais que, visando reformas estruturais amplas, impõem-se novos rumos à educação pública dos países subdesenvolvidos, sob a falácia de promover estabilidade social e reduzir desigualdades sociais em nível local. Seu objetivo primário não é enfrentar os elementos de base que conforma as sociedades de classe, mas consolidar modelos educacionais pautados pela passividade política, implementadas teorias que explicam o mundo, numa perspectiva fragmentada, pela flexibilidade produtiva e pela desregulamentação dos direitos trabalhistas (SCHWARTZMAN, 2005;PINTO, 2019;VICENTINI;LAMAR, 2020).…”