As metodologias ativas têm sido evidenciadas como importantes ferramentas didático-pedagógicas para os processos de ensino-aprendizagem, em diferentes contextos educacionais. Para o ensino de Geografia, elas podem colaborar para um entendimento do "espaço vivido, percebido, imaginado e concebido", conforme nos aponta Katuta (2011).No entanto, o propósito e os saberes acerca das metodologias ativas nem sempre estão ao alcance dos professores que, na sua labuta diária, inserem-se num contexto de sobrecarga de trabalho e afazeres burocráticos que, por vezes, os despem do tempo necessário a novas aprendizagens e a busca por formação e autoformação.Assim, os espaços destinados a formação continuada em serviço passam a ser importantes espaços formativos, de diálogo e reflexão docente, bem como, lugares de acolhida e protagonismo do professor acerca de sua prática e dos seus pares.Desse modo, entender a formação continuada na perspectiva de acolhimento, mas também de reflexão, proporciona um espaço do pensar, e porque não, do aprender e discutir novos fazeres docentes.Nessa perspectiva, as formações continuadas precisam ser pensadas a partir do trabalho docente e para valorização deste (MARIN, 1995; SILVA, 2019), entendendo que este representa uma importante prática social que, por meio da educação, cria possibilidades de desenvolver o raciocínio geográfico-espacial e reflexão crítica a todos os sujeitos envolvidos na ação didático-pedagógica.Considerando o Currículo de Pernambuco, a formação continuada de professores é enunciada como um importante momento para o profissional em exercício, pois Tais processos devem a ir ao encontro do perfil de professor do contexto atual em que se observam mudanças sociais, culturais, tecnológicas, econômicas, entre outras, as quais demandam profissionais com competências que extrapolam o ato de "transmitir" conteúdos que estejam abertos às inovações e às constantes aprendizagens, que respeitem as diversidades, que construam a partilha e o diálogo com seus pares, com seus estudantes, bem como com os demais agentes educativos, e que sejam voltados para a construção de um conhecimento holístico (PERNAMBUCO, 2019, p.30).Coadunando com este pensamento, trazer as metodologias ativas para as formações continuadas de Geografia, num contexto de aulas remotas, durante a pan-Gráfico 2-Metodologias ativas apresentadas nas formações e uso nas aulas de Geografia por professores da GRE-Recife Norte Fonte: A autora (2020).Usariam todas as metodologias ativas apresentadas nas formações continuadas em suas aulas de Geografia, correspondendo a 38,1% do total de respondentes. Em segundo lugar, com 23,8% foi elencada a sala de aula invertida, seguida da aprendizagem baseada em projetos com 19%, aprendizagem baseada em problemas com 16,7% e a gamificação foi a metodologia ativa que os professores menos se identificaram para usá-las em suas aulas, correspondendo a 2,4% e o Storytelling não foi mencionado de forma específica.O Gráfico 2 traz uma perspectiva interessante pois que, permite observar que as meto...