Educação Ambiental na visão de professores: caminhos e reflexões

Abstract

O presente artigo é resultado de uma pesquisa cujo foco foi a investigação das concepções de professores sobre Educação Ambiental (EA), com a realização de um estudo com 79 participantes. Na análise dos dados utilizou-se a Análise Textual Discursiva (ATD). Os resultados revelam que 1/4 dos professores possuem discursos mais conservadores em relação à EA e que, em contrapartida, 25% deles revelaram posicionamentos críticos sobre a EA. Dessa maneira, buscou-se refletir sobre o fomento de novos debates, sobretudo na formação inicial e continuada de professores sobre a temática.

Sentidos construídos a respeito da Educação Ambiental crítica em um projeto de formação continuada de professores

“…Segundo Vianna (2002), o tema formação em Educação Ambiental corresponde a um eixo estratégico das propostas de implementação de processos de EA, sendo contemplado desde o art. 8º da Lei nº 9.795 de 1999, que trata da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA): Entretanto, mesmo com tal regulamentação, o que é percebido em pesquisas (ALENCAR; BARBOSA, 2018;NEVES, 2005;SATO, 2001;SLAVIERO;et al 2022) é que, ainda que a Universidade seja um espaço privilegiado para discussões de temas e conhecimentos relativos à temática ambiental, a EA ainda se encontra pouco contemplada nos currículos de graduação, pós-graduação e iniciativas de formação continuada. E essa lacuna na formação pode comprometer o desenvolvimento de práticas em EA no contexto escolar, além de prejudicar um dos papeis mais importantes do professor dentro da escola: o trabalho reflexivo, juntamente com os alunos, para a formação de cidadãos autônomos com valores socialmente e ambientalmente desejáveis.…”

“…Diante da atual crise ambiental, que traz repercussões negativas à continuidade da vida, existem autores que reconhecem a necessidade de repensarmos a relação estabelecida entre o ser humano e os demais elementos da natureza (GONÇALVES, 1998;GRÜN, 2004), uma vez que a problemática ambiental se constitui a partir da maneira pela qual tornamos a natureza parte de nossas vidas (BORNHEIM, 1985;CARVALHO, 2012;SLAVIERO;et al 2022).…”