Este artigo tem como objetivo problematizar como as relações do humano com o mundo natural vão acontecendo no decorrer da história, especialmente a partir do século XVI. O recorte é dado devido ao nascimento da ciência que aí se estabelece criando outras condições para o mundo natural. São tomados alguns acontecimentos que evidenciam o domínio humano sobre a natureza criando condições de possibilidade para a emergência daquilo que se conhece hoje como crise ambiental. Na companhia de alguns autores como Leandro Guimarães et al. (2009), Keith Thomas (2010), Paula Henning (2008, 2012, 2019), Juliana Coutinho (2017), Anna Tsing (2019), Ailton Krenak (2020), Donna Haraway (2021), entre outros, foram mapeadas múltiplas narrativas do que vem a ser natureza. Assume-se o assento teórico a respeito das verdades sobre a natureza serem produzidas pela cultura e os modos de vida que experienciamos. A intenção do artigo é pensar em como chegamos até aqui e quais possibilidades de outros modos de existir e conviver com a natureza, vislumbrando o desejo de expandir a vida e compondo outros modos de existência na convivência com.