Abstract:Resumo Este artigo se propõe a discutir como a brincadeira política pode ser lida como uma estratégia retórica, apresentada em defesa de posições reacionárias expressadas publicamente por atores políticos do campo conservador. O texto divide-se em três momentos: no primeiro deles, relativiza-se a posição de alguns autores, segundo a qual a brincadeira seria um repertório tipicamente empreendido por grupos reprimidos. A seguir, recupera-se o debate do campo de estudos críticos do humor, a respeito de piadas rac… Show more
Este paper investiga a disseminação de discursos depreciativos envolvendo questões de gênero em grupos conservadores no aplicativo de mensagens WhatsApp. A reflexão teórica aciona as recentes discussões sobre o conservadorismo de gênero e o papel do WhatsApp como plataforma de compartilhamento desses discursos, à luz de Biroli et al. (2020), Chagas et al. (2019), Santos et al. (2021), Faludi (2009) e Brown (2019). Por meio de uma análise qualitativa de uma amostra de mensagens de 70 grupos bolsonaristas, evidenciamos como argumentos antifeministas e antiLGBTQIA+, a construção da mulher violenta/traidora e a elaborações sobre a mulher ideal endossam uma concepção conservadora das relações de gênero.
Este paper investiga a disseminação de discursos depreciativos envolvendo questões de gênero em grupos conservadores no aplicativo de mensagens WhatsApp. A reflexão teórica aciona as recentes discussões sobre o conservadorismo de gênero e o papel do WhatsApp como plataforma de compartilhamento desses discursos, à luz de Biroli et al. (2020), Chagas et al. (2019), Santos et al. (2021), Faludi (2009) e Brown (2019). Por meio de uma análise qualitativa de uma amostra de mensagens de 70 grupos bolsonaristas, evidenciamos como argumentos antifeministas e antiLGBTQIA+, a construção da mulher violenta/traidora e a elaborações sobre a mulher ideal endossam uma concepção conservadora das relações de gênero.
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