Doing a shotgun: a drug use practice and its relationship to sexual behaviors and infection risk

Abstract

There has been a rise in the frequency with which inhalational routes such as smoking are used for illicit drug use. A growing population of new inhalational drug users augments the pool of individuals at risk for transition to injection drug use. Further, illicit drug smoking has been implicated in the transmission of a variety of pathogens by the respiratory route, and crack smoking has been associated with an increased risk of HIV infection, particularly through the exchange of high-risk sex for drugs. Shotguns are an illicit drug smoking practice in which smoked drugs are exhaled or blown by one user into the mouth of another user. We conducted a series of ethnographic observations to attempt to characterize more fully the practice of shotgunning, the range of associated behaviors, and the settings and contexts in which this practice occurs. Shotguns may be seen as a form of drug use which has close ties to sexual behaviors, and which has both pragmatic and interpersonal motivations, combining in a single phenomenon the potential direct and indirect risk of disease transmission by sexual, blood borne and respiratory routes. These data support the need to develop and evaluate comprehensive risk reduction interventions, which take into consideration the relationships between interpersonal and sexual behaviors and speci®c forms of drug use. #

Crack na cidade de São Paulo: acessibilidade, estratégias de mercado e formas de uso

“…Entre os entrevistados, conforme previamente descrito nos Estados Unidos 7,8 , relatou-se a existência da técnica de shotgun, ainda desconhecida no Brasil e, por tal, ainda sem denominação específica na língua portuguesa. Tampouco, há uma nomenclatura entre os entrevistados, de tal forma que, mais preocupados com o ato em si, limitaram-se apenas em descrevê-la.…”

“…Tampouco, há uma nomenclatura entre os entrevistados, de tal forma que, mais preocupados com o ato em si, limitaram-se apenas em descrevê-la. Entre eles, a técnica tem sido empregada com fins econômicos e sociais, despontando como a possibilidade de compartilhar as reservas da droga entre colegas de uso, como previamente descrito nos Estados Unidos 7,8 . À sua realização, um dos usuários inala a fumaça de crack (diretamente do cachimbo) e a transmite ao companheiro, seja mediante contato direto boca-a-boca, seja por intermédio de um tubo entre as bocas.…”

“…A esse respeito, nos Estados Unidos, Perlman et al 7,8 identificaram o shotgun, uma estratégia de uso que, embora encarada como o compartilhamento inocente de crack (e outras drogas fumáveis) entre dois usuários, tem propiciado contextos eróticos de uso, aumentando a incidência de encontros homo e heterossexuais. Como na cultura de crack o uso de preservativos é geralmente inconsistente 9 , esses encontros podem facilitar a transmissão de HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).…”

Comportamento de risco dos conscritos do Exército Brasileiro, 1998: uma apreciação da infecção pelo HIV segundo diferenciais sócio-econômicos

“…Embora a transmissão do HIV ocorra primariamente entre os usuários de drogas injetáveis e seus parceiros sexuais, o uso de drogas por diferentes meios, como o crack e a cocaína "cheirada", é reconhecidamente vinculado às práti-cas sexuais desprotegidas (Fullilove & Fullilove, 1989;. Como sugerido por alguns autores (Elwood et al, 1997;Perlman et al, 1999), o consumo de drogas ilícitas se associa ao risco aumentado de infecção pelo HIV, em particular, pelo comportamento sexual de risco em troca de drogas.…”

“…Em termos conclusivos, os resultados desta pesquisa permitem identificar a necessidade da implementação de programas de prevenção, especificamente direcionados aos adolescentes e jovens adultos brasileiros. As medidas devem ser dirigidas não só a prevenir a infecção pelo HIV, mas compreender intervenções de redução das IST em geral (Mehret et al, 1996) e de outros fatores associados (Perlman et al, 1999), integrando a divulgação do conhecimento a respeito das IST e a abordagem de aspectos relacionados à percepção de vulnerabilidade (Poppen & Reisen, 1997), à responsabilidade social (Waterson, 1997) e ao conceito de auto-eficácia (Buunk et al, 1998), de modo a motivar os jovens a mudar atitudes, a controlar impulsos e a restringir comportamentos de risco.…”