Doença de Chagas, doença do Brasil: ciência, saúde e nação, 1909-1962

Brasil isn't only disease: Juscelino Kubitschek and the search for a new image of Brazil

“…The minor importance of health compared to other areas of public policy (Pena 1977) has led to few academic works dedicated to the topic of health, especially during the period known as the national-development period. The few exceptions are mostly in the field of public health studies and that of economics and public health (Braga and Paula 1981;Escorel 2000), in addition to works by a few historians, such as Paiva (2006), Campos (2006) and Kropf (2009). In public health specifically, this production has reinforcedexcessively in my opinion-the dichotomy between "developmentalist public health" (sanitarismo desenvolvimentista) and "campaign-based public health" (sanitarismo campanhista) as models and perspectives for state action that ap-peared as counterparts in the 1950s and the beginning of the 1960s (Braga and Paula 1981;Labra 1988;Escorel 2000, Escorel andTeixeira 2008).…”

Da malária e da 'corrupção': medicina e saberes locais no noroeste do Brasil (Comissão Rondon, 1907-1915)

“…Em 1910, quando apresentou à Academia Nacional de Medicina os primeiros resultados do estudo da doença que posteriormente levaria seu nome, Carlos Chagas lançou a hipótese de que o bócio endêmico nas áreas rurais do Brasil nada tinha a ver com o bócio que atingia os habitantes da Europa (Kropf, 2009a). Os casos de hipertrofia na tireóide no Brasil, para Chagas, seriam uma manifestação clínica da tripanossomíase e, portanto, eram um dos principais sinais a serem levados em consideração no diagnóstico da doença (Kropf, 2009b, p. 207).…”

"O Brasil não é só doença": o programa de saúde pública de Juscelino Kubitschek

“…A menor importância da saúde vis-à-vis outras áreas de políticas públicas (Pena, 1977) contribuiu para que poucos trabalhos acadêmicos se dedicassem ao tema da saúde, em particular no chamado período nacional-desenvolvimentista. As exceções são trabalhos majoritariamente do campo da saúde coletiva e da economia da saúde (Braga, Paula, 1981;Labra, 1988;Escorel, 2000), e alguns de historiadores, como os de Paiva (2006), Campos (2006 e Kropf (2009). No campo específico da saúde coletiva, essa produção tem reforçado, excessivamente a meu ver, a dicotomia entre 'sanitarismo desenvolvimentista' e 'sanitarismo campanhista' como modelos de ação estatal em saúde, que apareceriam como contrapostos nos anos 50 e início dos 60 (Braga, Paula, 1981;Labra, 1988;Escorel, 2000, Escorel, Teixeira, 2008.…”