Com este estudo pretendemos conhecer melhor o impacto da Doença de Alzheimer (DA) na linguagem, mais concretamente o impacto no contexto da utilização do sujeito nulo. Analisamos as produções de doze pessoas com DA e de um grupo de controlo com a mesma dimensão, em tarefas de leitura de três tipos de frases: Simples com verbo em tempo simples; simples com verbo conjugado num tempo composto; complexas formadas por duas orações. As frases, traduzidas de um estudo prévio em italiano e inglês, foram repetidas ao longo de três dias por cada um dos participantes e gravadas para posterior tratamento de dados. As pessoas com DA apresentaram um desempenho inferior em relação ao grupo de controlo, sendo, no entanto, algumas diferenças entre os dois grupos, não significativas. Os dados recolhidos em Portugal quando comparados com os do estudo efetuado em Inglaterra, permitiram concluir que as pessoas com DA têm uma maior tendência para a produção de sujeitos nulos, tendência que se verifica com maior predominância nas frases mais longas e mais complexas. Os participantes portugueses apresentaram também uma menor tendência para a produção de sujeitos nulos do que os italianos.