Introdução: A presença de alterações dolorosas a exemplo da Síndrome Dolorosa Miofascial (SDMF), bem como, alterações posturais altas como a Síndrome Cruzada Superior (SCS) são frequentes no sexo feminino envolvendo adultas jovens. Objetivo: Avaliar a associação entre a síndrome cruzada superior e a síndrome miofascial. Materiais e Métodos: O estudo envolveu 68 voluntárias universitárias do sexo feminino com média de idade de 21,7 (± 2,49) anos. O número de aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNESC foi 140121. Foram realizados testes de força com uma Repetição Máxima (1RM) envolvendo os músculos: peitorais, trapézio superior, flexores do pescoço e dorsais para determinar a força máxima aplicada em cada movimento específico. Foi aplicado o Neck Disability Index (Índice de Incapacidade Relacionada à Cervical). A identificação da SDMF foi manual envolvendo a avalição por digito pressão da presença de dor, nódulo palpável, zona de tensão e disparo à distância, envolvendo a investigação da presença de pontos gatilhos miofasciais. Foi utilizada a Escala Visual Analógica (EVA) para a intensidade da sintomatologia dolorosa. Bem como, foram realizadas avaliações posturais. Resultados: Encontrou-se fraqueza escapular em 100% da amostra. Incapacidade leve envolvendo 54%, moderada em 23,5%. A SCS envolveu 67,6% das voluntárias e mais de 1/3 com SDMF que não se mostraram associadas (p>0,01). Houve relação entre SCS e o tipo de atividade (p<0,01). Conclusão: Mais de dois terços da amostra avaliada apresentou SCS. A fraqueza dinamométrica escapular encontrada foi expressiva. Um terço da amostra apresentou a SDMF, que não mostrou associação estatística com a SCS.