Discurso De Homens Sobre O Acesso À Saúde Na Atenção Básica

Abstract

<p>Objetivo: conhecer os discursos de homens sobre o acesso à saúde na Atenção Básica. Método: estudo descritivo, realizado em dezembro de 2016 com 20 usuários da Atenção Básica do município de Cajazeiras, Paraíba, Brasil. Adotou-se como recurso metodológico a Análise de Discurso. Resultados: dos discursos emergiram as categorias: dificuldade em discernir as funções da Atenção Básica; exaltação do modelo biomédico; prática da medicalização; fatores de afastamentos do serviço; ausência de ações e programas destinados aos homens; e divergência entre masculinidade e feminilidade. Conclusão: os discursos masculinos ratificaram a necessidade de reorientação de saberes e práticas dos serviços de saúde para ampliar o acesso da população masculina na Atenção Básica.<br />Descritores: Atenção Primária à Saúde. Masculinidade. Gênero. Saúde do Homem.</p>

Obstáculos de acesso do homem à atenção primária à saúde: uma revisão integrativa / Obstacles to man's access to primary health care: an integrative review

“…Referente às dificuldades relacionadas ao atendimento, a insatisfação dos homens se dirige principalmente a lacuna na organização dos serviços de saúde na assistência ao homem, refletindo a ausência de estratégias inclusivas (SOLANO et al, 2017;BATISTA et al, 2019).…”

Estratégias utilizadas na atenção primária para inclusão do homem nas ações de saúde: uma revisão integrativa

“…Para al-guns usuários, a busca pelo serviço é considerada uma expressão de fragilidade e eles têm vergonha de procurar o serviço. [4][5] Outros fatores limitantes identificados nos artigos E4, E7 e E9 foi a ausência de doenças, o medo de descobrir doença grave, a falta de acolhimento por parte dos profissionais de saúde, ausência de ações de promoção e de prevenção que trabalhe as singularidades do homem, deficiência dos serviços de saúde na oferta de recursos materiais, na marcação de exames e na falta de educação permanente para profissionais de saúde. 1,15,19 Sobre a atuação dos enfermeiros, verificou-se no estudo E7 o desconhecimento da PNAISH e das práticas de cuidados específicas que devem ser ofertadas ao público masculino.…”

“…; Estratégias utilizadas na atenção primária para inclusão do homem nas ações de saúde: uma revisão integrativa que tem o homem como protagonista, para fomentar ações que reconheçam as especificidades desse segmento populacional, vislumbrando a integralidade da assistência a essa população e implementar ações de educação em saúde que ajudem a aumentar as necessidades de cuidados masculinos. [4][5]14,20 Adicionalmente, no estudo E3 fala sobre a realização de ações no horário noturno e/ou extensão dos horários de funcionamento, abertura de agendas específicas para o atendimento de homens. 14 Ademais, identificou-se no estudo E5 outras oportunidades de melhorias como a flexibilização dos horários de atendimento, bem como a inclusão de atividades educativas específicas para o público masculino.…”

“…Incentiva-se assim, por meio da articulação de mecanismos que façam uma correlação entre educação, saúde e promoção da autonomia dos indivíduos em sua escolha por hábitos que possam contribuir para minimizar os riscos e possibilitar que eles vivam de forma mais saudável. [4][5] Constata-se que apesar do público fe-minino ser maior nos serviços de saúde, os homens são os que mais padecem de agravos e mortalidade causadas por doenças cerebrovasculares, causas externas e cânceres. Ao contrário do que se gostaria, os homens costumam não buscar os serviços de saúde da APS e acabam recorrendo a serviços de alta complexidade quando já não suportam a dor ou quando se tornam sintomáticos de doenças severas.…”

Validação De Conteúdo De Uma Tecnologia Educacional Sobre Saúde Do Homem

“…Nos discursos dos homens participantes do estudo, ficou demostrada uma lacuna em relação à compreensão que têm sobre a função do serviço de saúde, com destaque para a menção à ausência de ações; e acrescenta-se, também, ausência de produtos direcionados ao público masculino. Urge pensar as unidades e serviços como espaços de produção de cuidado, o que requer a reorientação de saberes e práticas para dar conta das expectativas dessa população (18) . Estudo com profissionais de saúde apontou que há medidas de promoção de saúde e prevenção de doenças voltadas para a qualidade de vida da população masculina, mas há limites e obstáculos para a realização de atividades educativas, um dos pilares da atenção básica.…”