Dinâmica territorial e seus rebatimentos na organização regional do estado de São Paulo

Abstract

No presente estudo, a dinâmica territorial e seus rebatimentos na organização regional do estado de São Paulo serão analisados indicadores demográficos, econômicos e sociais que permitem refletir sobre a dinâmica territorial recente do estado de São Paulo. Também serão analisados segundo três escalas básicas: global, nacional e regional ou intra-estadual. A tentativa aqui é interpretar, por meio de uma visão multi-escalar, a complexidade dos processos espaciais que contribuem para a diferenciação do território paulista em regiões. Tal diferenciação será objeto de uma compartimentação territorial do estado segundo as diretrizes estratégicas de coesão territorial, policentralidade e sustentabilidade. Ao final será realizada uma breve análise prospectiva para a compreensão da dinâmica dos processos territoriais.

Desenvolvimento regional revisitado: uma análise de indicadores econômicos, sociais e ambientais no estado de São Paulo no início do século XXI

“…Alguns estudos, principalmente os relativos à indústria, partem da escala nacional e acabam por abordar a escala regional paulista com maior ênfase, onde se concentram essas atividades. Entre os temas e conceitos abordados, é possível destacar a questão da desconcentração industrial (ABDAL, 2008), da dorsal paulista (THERY, 2007;EGLER;BESSA;GONÇALVES, 2013), dos eixos de desenvolvimento (SPÓSITO, 2015), dos vetores produtivos (TAVARES, 2018) e das cidades médias (SPÓSITO, 2010;SCHERER;AMARAL, 2020). Parte desses trabalhos, em especial aqueles sobre as cidades médias, já apontam para alguns problemas socioeconômicos decorrentes da forte hierarquização das redes formadas.…”

Potencial de adaptação dos municípios paulistas aos efeitos das mudanças climáticas: aplicação do índice de adaptação urbana no Estado de São Paulo

“…O mesmo vale para o direcionamento dos investimentos públicos pelos governos estaduais ou federal no âmbito de suas parcelas de responsabilidade conforme regrado pelo pacto federativo. EGLER et al, 2013). Complementarmente, os autores e a proposta do ZEE afirmam a importância de que a questão da sustentabilidade seja considerada, o que deve ocorrer através da inserção da qualidade de vida como um item prioritário, compondo o eixo estrutural do processo de planejamento do território.…”

“…Segundo EGLER et al (2013), a inclusão da sustentabilidade no processo de planejamento deve ir além da inclusão da questão ambiental, sendo necessário garantir as condições de vida das futuras gerações. Dessa forma, um planejamento pautado pela busca da sustentabilidade deve ter a garantia da qualidade de vida de seus habitantes como um item central de sua elaboração(EGLER et al, 2013).Em sua tese,Maglio (2005) avaliou a sustentabilidade ambiental no planejamento urbano de São Paulo entre o período de 1971 a 2004, quando foram aprovados os Plano Diretor Estratégicode São Paulo (2002) e a respectiva Lei de uso e Ocupação do Solo e Planos Regionais Estratégicos(2004). Ao longo desses anos, foram observadas como principais ameaças à sustentabilidade ambiental do município a expansão urbana sobre áreas ambientalmente frágeis e o adensamento construtivo em áreas centrais do município, sem a devida atenção à capacidade de suporte de infraestrutura existente na região.…”