Este artigo analisa as principais características das relações informais de trabalho, enfocando um perfil muito especifico de trabalhador (a): o (a) feirante. A Feira é um lugar de burburinho, sendo que as cidades modernas sãos espaços de aglomeração, constituindo as feiras espaços não somente de comercialização, mas também de interação e sociabilidade diversa. Nestes mercados se combinam características de economia mercantil simples (EMS) e economia mercantil capitalista (EMC), onde se encontram uma grande variedade de mercadorias e serviços. As hipóteses admitidas são duas, a primeira discorre sobre a afirmação de que as relações de trabalho informal nas feiras do município de Ananindeua influem positivamente no mercado de trabalho local ao gerar empregos, renda, consumo de subsistência. A segunda trata de que, para o feirante de Ananindeua que trabalha por conta própria, migrar do setor informal para o setor formal não é uma opção vantajosa, devido a precariedade do emprego formal aliada à dificuldade de inserção destes no mercado por motivos diversos, idade, escolaridade, baixa rentabilidade do negócio, além dele possuir o sentimento de propriedade como forte fator subjetivo, dentre outros. O artigo encontra-se dividido em três seções. Inicialmente faz-se uma descrição e caracterização do trabalho do feirante, assim como sua interatividade com os processos de reprodução social; na seção seguinte trata-se da informalidade como um padrão regular de ocupação e geração de renda; por fim, aborda-se e se problematiza a precariedade das relações de trabalho do feirante e como ela se engendra aos mecanismos de superexploração e aviltamento das relações de trabalho próprias do mundo periférico brasileiro.