Dieta isenta de glúten e caseína no transtorno do espectro autista: uma revisão sistemática

Abstract

Dieta isenta de glúten e caseína no transtorno do espectro autista: uma revisão sistemáticaGluten-free and casein-free diet in autism spectrum disorder: a systematic review Dieta exenta de gluten y caseína en el trastorno del espectro autista: una revisión sistemática Check for updatesResumo Introdução: A dieta sem glúten e sem caseína é uma prática comum no Transtorno do Espectro Autista, mas sem consenso quanto ao seu benefício clínico ou cognitivo. Objetivo: Revisar sistematicamente a literatura que avalia a isenção de glúten e/ou caseína da dieta para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista. Materiais e Métodos: Revisão sistemática de literatura analisando estudos originais disponíveis até dezembro/2016 nas bases de dados: PubMed, SciELO, LILACS e BDENF. Os termos usados para a pesquisa foram: autismo, espectro autista, autismo e sem glúten, autismo e dieta livre de caseína. Para melhor direcionamento da busca de dados foi utilizado o método PICO (população, intervenção, comparação e desfecho). Resultados: No total, foram incluídos 22 artigos, sendo 13 ensaios clínicos randomizados, 4 estudos de caso, 4 transversais e 1 coorte. Do total, 15 encontraram uma associação positiva de intervenção para os resultados avaliados e 7 não encontraram associação significativa. Discussão: Foi encontrada grande variabilidade do tamanho amostral, idade, tempo de intervenção, cegamento, controle ou análise dietética mais apurada. Conclusões: não há evidências científicas para apoiar o uso de uma dieta livre de glúten e caseína em pacientes com Transtorno do Espectro Autista. Há necessidade de novos estudos bem delineados, principalmente ensaios clínicos randomizados bem controlados, cegos, com cálculos amostrais que permitam um poder de observação apropriado, para maior segurança nessa prática. Palavras chave: Transtorno do Espectro Autista; Glútens; Caseínas; Revisão, Nutrição. Abstract Introduction:The gluten-free and casein-free diet is a common practice in Autism Spectrum Disorder, but without consensus regarding their clinical or cognitive benefit. Objective: To review systematically the literature assessing gluten-and/or casein-free diet for individuals with Autism Spectrum Disorder. Materials and Methods: Systematic review of the literature analyzing original studies available until December 2016 in the databases: PubMed, SciELO, LILACS, and BDENF. The terms used for the search were autism, autism spectrum, autism and gluten-free, autism and casein-free diet. To better target the data search, the study used the PICO method (population, intervention, comparison, and outcome). Results: In total, 22 articles were included, of which 13 were randomized clinical trials, four case studies, four cross-sectional studies, and one cohort. Of the total, 15 found a positive intervention association for the results evaluated and seven found no significant association. Discussion: This work found much variability in sample size, age, intervention time, blinding, control, or more precise dietary analysis. Conclusions: No scien...

Autism Spectrum Disorder: A Systematic Review About Nutritional Interventions

“…Family members, caregivers and peers report visible improvement in several aspects related to the clinical and behavioral symptoms of the disorder, as well as less severe side effects compared to those triggered by drug therapy. 34 This research did not include unpublished papers and only comparative studies containing a control group were included in the review, which may have restricted and negatively affected the number of references analyzed.…”

“…Furthermore, these studies included small samples and lacked homogeneous populations, aspects also highlighted by another review. 34 Three articles were identified 9,22,30 that performed interventions related to micronutrient supplementation in order to improve the clinical picture of ASD. One study gave vitamin B6 and C oral supplements to the intervention group for three months.…”

Avaliações de distúrbios gastrointestinais nutricionais no transtorno do espectro autista: uma revisão integrativa

“…Uma explicação para essa relação pode ser que crianças pequenas com TEA, não verbais, usam a agressão como meio de comunicar queixas somáticas, como dor abdominal interna e desconforto gastrointestinal (Kushak et al, 2016). Outros estudos relataram o estado nutricional e o comportamento alimentar de crianças autistas (Mannion;Leader, 2014;Dias et al 2018). Além disso os antioxidantes endógenos e dietéticos combatem o estresse oxidativo por meio do controle dos níveis de espécies reativas de oxigênio (ERO´s) produzidos, eliminando o excesso e reparando as biomoléculas danificadas pela oxidação e o cérebro está altamente exposto ao aumento do estresse oxidativo devido à presença de aminoácidos excitatórios cujo catabolismo termina com a produção de ERO´s causando dano neuronal, assim, o aumento do estresse oxidativo é um fator de risco primário para a fisiopatologia do autismo (Mezzelani et al, 2015).…”

“…Uma das teorias é a "disbiose intestinal" que se refere a uma alteração do microbiota intestinal. (Mannion;Leader, 2014;Dias et al 2018).…”

Atuação da equipe multidisciplinar no tratamento do TEA e a importância da intervenção nutricional / The role of the multidisciplinary team in the treatment of TEA and the importance of nutritional intervention

“…O êxito das terapias que partem dos profissionais para o autista, vem em um movimento de fora para dentro, no sentido de uma absorção de estímulos e instigações, que só poderão ser desenvolvidos em sua plenitude se a parte interior desse sujeito, que é seu corpo, seu organismo estiver com bom funcionamento. Como aqui já demonstrado há pesquisas, como a de Dias et al (2018) que consideram a existência de uma relação do glúten, lactose, proteína do leite, com inflamações, abdômen distendido, prurido, atopia, fezes inadequadas, constipação, diarreia, sinais que podem ser minimizados ou mesmo superados com intervenção nutricional.…”