The thin-spined porcupine, Chaetomys subspinosus, is an endemic mammal of the Atlantic forest of northeastern Brazil. With its population declining, it has been listed as "vulnerable" in the Brazilian Red List. Its National Action Plan, published in 2011, intended to develop awareness projects about the species in local communities, to implement alternative income projects and protein consumption, and to evaluate hunting pressure. This study investigates rural residents' knowledge of the thin-spined porcupine and its uses within two protected areas. We also examine residents' behaviour and perceptions about wildlife conservation. One hundred twenty-five semi-structured interviews were conducted with rural residents of the Una Wildlife Refuge and the Serra do Conduru State Park. Local knowledge was higher among males with lower levels of formal education who were current or past hunters. Negative behaviour occurs among residents in both protected areas. There is a need for greater control of potential threats such as hunting, use of fire and deforestation, which are inconsistent with the existence of protected areas and conservation of the thin-spined porcupine. Information provided by this study can improve and promote actions within the National Action Plan for the conservation of C. subspinosus.Key words: Human Behaviour; Hunting; Local people; Perception of rural residents; Thin-spined porcupine.
ResumoO ouriço-preto, Chaetomys subspinosus, é um mamífero endêmico da Mata Atlântica do nordeste brasileiro. Devido ao declínio populacional da espécie, ele tem sido listado como "vulnerável" pela IUCN. O Plano de Ação Nacional da espécie foi publicado em 2011 e tem como objetivos desenvolver projetos de conscientização sobre a espécie, implementar projetos de renda alternativa e fonte de proteína alimentar e avaliar a pressão da caça. Esse estudo investiga o conhecimento de moradores rurais sobre o ouriço-preto e seus usos em áreas protegidas. O comportamento e percepções dos moradores com relação à conservação da fauna também foram investigados. Foram conduzidas 125 entrevistas semi-estruturadas com moradores rurais do Refúgio de Vida Silvestre de Una e do Parque Estadual Serra do Conduru. O conhecimento local sobre a espécie foi maior em homens com pouca escolaridade e que estavam envolvidos com a atividade de caça. Comportamentos negativos são realizados pelas pessoas em ambas as áreas. É necessário que haja um maior controle sobre as potenciais ameaças a espécie como caça, uso do fogo e desmatamento, pois tais práticas são inconsistentes com a existência das áreas protegidas e com a conservação do ouriço-preto. As informações fornecidas por esse estudo visam melhorar e direcionar as ações do Plano de Ação Nacional para conservação da espécie.