Diálogos Sobre Religiões de Matrizes Africanas

Abstract

O texto faz parte de um projeto de mestrado que atualmente desenvolvo. Aqui apresento alguns diálogos com a bibliografia e reflexões que nos permitam falar sobre o histórico de tratamento relegado às religiões de matriz africana, sobre as consequências da modernidade, para além de permitir chamar a discussão sobre tolerância/intolerância e racismo religioso. Este último será visto a partir do conceito de dispositivo de racialidade, cunhado por Sueli Carneiro (2005). O dispositivo de racialidade, ao cumprir funções estratégicas, tem articulado práticas que tem como um de seus efeitos, o racismo religioso. Com esta escrita, pretendo tangenciar caminhos, testando possíveis argumentações e bases para o desenvolvimento da pesquisa que está em andamento.

The development and initial validation of an instrument measuring levels of violence suffered and practiced by students in higher education

“…First, both I13, ‘Have you ever excluded someone from your group of friends on campus because of that person’s religion during the past year?’, and I15, ‘Have you ever stolen, damaged, depredated or violated belongings or material goods of someone because of their religion on campus during the past year?’, showed a very strong effect in the model. This is a very similar scenario to that of the racism perpetrator model discussed before, and could be related to how in Brazil religious intolerance is directly related to Afro-Brazilian religions (Fernandes, 2017; Mota, 2018). Finally, both I9, ‘Have you been religious intolerant on campus during the past year?’, and I12, ‘Have you ever made jokes on campus about someone because of their religion during the past year?’, presented a strong effect within the model.…”

“…', showed a very strong effect in the model. This is a very similar scenario to that of the racism perpetrator model discussed before, and could be related to how in Brazil religious intolerance is directly related to Afro-Brazilian religions (Fernandes, 2017;Mota, 2018). Finally, both I9, 'Have you been religious intolerant on campus during the past year?…”

Um olhar pelo viés da História Pública acerca dos fenômenos conhecidos como intolerância religiosa e racismo religioso no Brasil / A look through Public History at the phenomena known as religious intolerance and religious racism in Brazil

“…Obviamente, Nogueira não foi o único a dedicar-se à temática do racismo no Brasil e seus diversos formatos. Em seus escritos, Emília Mota (2018) o final do século XIX, discursos inferiorizando as práticas religiosas e culturais dos povos africanos no Brasil se fortaleceram, sendo muitas vezes endossados por pessoas que ocupavam cargos historicamente privilegiados, como médicos e advogados e que, portanto, eram vistos como 'senhores do saber e das leis'. Esses sujeitos erame ainda o sãoquase que sem exceções, homens ricos e brancos que tratavam as religiões de matrizes africanas como "expressões do primitivismo, da inferioridade e do atraso das populações negras" (MOTA, 2018, p. 28).…”

África e religiões afro-brasileiras: dinâmicas e perspectivas (séculos XVIII-XXI)

“…Segundo Emília Guimarães Mota (2018), as diversas agressões e crueldades sofridas pelos povos de terreiro têm sido denominadas de intolerância religiosa. Pesquisadores, legisladores, entre outros, mas sobretudo os próprios adeptos, contribuem para que esse termo seja designado como forma de categorizar tais agressões.…”