Objetivos: Avaliar os fatores envolvidos na determinação da altura de fundo uterino (AFU) enquanto estimador do crescimento fetal. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, com 302 mulheres, de gestação única, idade ≥ 18 anos e idade gestacional máxima de 16 semanas no início do seguimento. A classificação do índice de massa corporal inicial seguiu os critérios de Atalah; o ganho ponderal, as recomendações do Institute of Medicine; e o peso fetal, curva de crescimento fetal brasileira. Resultados: A coorte apresentou intervalo interpartal, número de gestação e índice de tabagismo superiores aos recomendados (p < 0,01). O estado nutricional inicial foi prevalentemente adequado e o ganho de peso excessivo, no segundo e terceiro trimestres, alcançou aproximadamente 45% (p < 0.01). Observou-se a partir da 28ª semana associação entre a AFU com o estado nutricional inicial, o ganho ponderal materno total, o peso fetal, o volume do líquido amniótico na 36ª semana (p < 0,01) e a renda familiar per capita (p < 0,03). Conclusão: O estado nutricional da gestante, dentre outros fatores, pode dificultar o rastreamento do crescimento fetal inadequado baseado nas curvas atuais de AFU, sugerindo a necessidade de nova curva uma vez que os valores obtidos foram superiores aos das curvas adotadas.Palavras-chave: diagnóstico pré-natal, desenvolvimento fetal, ganho de peso.