RESUMO -Neste trabalho foi realizado o estudo da degradação do azocorante vermelho Ponceau 4R, presente em uma solução sintética, utilizando foto-oxidação catalítica. Os experimentos foram realizados em um reator de vidro encamisado com volume de 250 mL por um tempo reacional de 120 minutos. A fonte de radiação UV foi uma lâmpada de vapor de mercúrio de 125 W, inserida na solução por meio de um bulbo de quartzo. A solução de efluente sintético foi preparada com água destilada e corante na concentração de 60 mg L -1 , e pH 4,0. Foi utilizado o semicondutor TiO 2 (P25 -75% anatase/25% rutilo) como agente catalítico. Utilizando a concentração de 0,25 g L -1 de TiO 2 no sistema reacional, obteve-se um percentual de remoção de cor de 99,40%, no tempo de tratamento de 40 minutos. O decréscimo de Carbono Orgânico Total foi de 98,04% aos 120 minutos de tratamento. Concluiu-se que o processo de foto-catalítico foi eficiente na degradação e mineralização do corante no tempo de tratamento de 120 minutos.
INTRODUÇÃOOs resíduos gerados nas indústrias de alimentos apresentam algumas características que são comuns e devem ser consideradas como aspectos significativos para adequar o tipo de tratamento que deve ser utilizado para a remoção dos poluentes. Algumas destas características são: grande quantidade de matéria orgânica presente, como proteínas, carboidratos e lipídios; grande quantidade de sólidos suspensos; alta demanda química e bioquímica de oxigênio; alta concentração de nitrogênio; alto conteúdo de óleo e gordura suspensos e além de altas variações de pH. Além disso, como caráter agravante de toda esta carga poluidora ainda tem a problemática de que as indústrias processadoras de alimentos apresentam alto consumo de água e geram alto volume de efluente por tonelada produzida quando comparada com outros setores industriais (Ramjeawon et al., 2004). Em virtude dos aportes de matéria orgânica, oriunda de efluentes de indústrias de alimentos ocorre a chamada eutrofização que é a proliferação de microvegetais oportunistas que podem liberar toxinas no corpo hídrico, causada pela baixa capacidade de autodepuração da carga orgânica pelo corpo receptor (Baumgarten, 2010).