Abstract:ResumoEste artigo discute sobre potencialidades de uma Educação Matemática através da Arte, quando se pergunta o que pode a imagem com a Educação Matemática. Desloca-se dos habituais modos de se fazer pesquisa nesta temática, para analisar quais outras formas de intervenção são possíveis para ensinar Matemática por meio da Arte. Opera com os conceitos de visualidade, imagem, experiência, dispositivo, cartografia, para propor que as imagens da Arte podem ser lugares para o exercício de pensamento matemático. Pa… Show more
“…Transitar pelo meio (que não é uma média, ao contrário, é lugar onde as coisas adquirem velocidade e intensidade, e que, ao mesmo tempo, perdem o passo acostumado e ganham outro caminhar, no entre, na travessia, em processo) é per-correr pelo meio do riacho, como sinalizado por Deleuze e Guattari (1995). Dito de outro modo, é fazer um descaminho, como apontado por Flores (2016), descompassando a precisão do deslocamento de um modo de pensar colonizado, representativo, isto é, de um pensamento natural e cristalizado para se olhar as obras, as imagens da arte, e ver Matemática, representar conhecimentos e conceitos, ou repetir as intenções do artista, matematizando a Arte e reconhecendo a Matemática, ou mesmo fazendo da aula de Matemática uma representação artística, motivacional, experimental. Daí que se produzem movimentos que desterritorializam e tiram do ritmo costumeiro o nosso pensar a Educação, a aula de Matemática, o aprender pela/com a Arte e, até mesmo questionando sobre o que faz a Arte com o aprender Matemática.…”
Section: Entre Matemática E Arte: Conexões Descompassadas No Aprenderunclassified
Resumo Este artigo problematiza o aprender Matemática pela e com a Arte. Parte-se de questionamentos, entre eles: Como não representar a Matemática na Arte, nem instrumentalizar a Educação Matemática, mas fazer disso uma experiência filosófica com Arte e com visualidade? Sem pretensão de respostas, e com uma atitude analítica, faz-se um sobrevoo pelo solo que envolve Matemática e Arte para aprender, e assim produzir conhecimento sobre as conexões entre Matemática e Arte que agenciam tipos de aprendizagem. Disso, destaca-se certo ritmo dado a essa temática em Educação Matemática, demarcando uma matriz predominante acerca do aprender Matemática pela Arte. Depois, num descompasso, apresentam-se conexões entre Matemática e Arte, a partir de uma perspectiva crítica da aprendizagem, da visualidade e da metodologia do caminhar, tomando como exemplo pesquisas que apresentam que isso pode ser elaborado por múltiplas maneiras, incluindo relações diversas entre a imagem e a Arte e o visual e a Matemática e os exercícios de pensamentos. Por fim, sem ser modelo, mas obra em processo, coloca-se em estado de travessia com Matemática e Arte e visualidade, em que aprender se torna acontecimento e trans-formação.
“…Transitar pelo meio (que não é uma média, ao contrário, é lugar onde as coisas adquirem velocidade e intensidade, e que, ao mesmo tempo, perdem o passo acostumado e ganham outro caminhar, no entre, na travessia, em processo) é per-correr pelo meio do riacho, como sinalizado por Deleuze e Guattari (1995). Dito de outro modo, é fazer um descaminho, como apontado por Flores (2016), descompassando a precisão do deslocamento de um modo de pensar colonizado, representativo, isto é, de um pensamento natural e cristalizado para se olhar as obras, as imagens da arte, e ver Matemática, representar conhecimentos e conceitos, ou repetir as intenções do artista, matematizando a Arte e reconhecendo a Matemática, ou mesmo fazendo da aula de Matemática uma representação artística, motivacional, experimental. Daí que se produzem movimentos que desterritorializam e tiram do ritmo costumeiro o nosso pensar a Educação, a aula de Matemática, o aprender pela/com a Arte e, até mesmo questionando sobre o que faz a Arte com o aprender Matemática.…”
Section: Entre Matemática E Arte: Conexões Descompassadas No Aprenderunclassified
Resumo Este artigo problematiza o aprender Matemática pela e com a Arte. Parte-se de questionamentos, entre eles: Como não representar a Matemática na Arte, nem instrumentalizar a Educação Matemática, mas fazer disso uma experiência filosófica com Arte e com visualidade? Sem pretensão de respostas, e com uma atitude analítica, faz-se um sobrevoo pelo solo que envolve Matemática e Arte para aprender, e assim produzir conhecimento sobre as conexões entre Matemática e Arte que agenciam tipos de aprendizagem. Disso, destaca-se certo ritmo dado a essa temática em Educação Matemática, demarcando uma matriz predominante acerca do aprender Matemática pela Arte. Depois, num descompasso, apresentam-se conexões entre Matemática e Arte, a partir de uma perspectiva crítica da aprendizagem, da visualidade e da metodologia do caminhar, tomando como exemplo pesquisas que apresentam que isso pode ser elaborado por múltiplas maneiras, incluindo relações diversas entre a imagem e a Arte e o visual e a Matemática e os exercícios de pensamentos. Por fim, sem ser modelo, mas obra em processo, coloca-se em estado de travessia com Matemática e Arte e visualidade, em que aprender se torna acontecimento e trans-formação.
“…In the visualization movement "we never, or almost never, ask ourselves where our truths come from" (Flores, C., 2007, p. 30), what is shown is the need to train the look to know how to see things in a certain way, achieving a better, more critical view, through mental, cognitive images, through representations, processes and visualization skills. In general, the topic of visualization and Mathematics Education was understood in the light of the assumptions of the psychology of learning and semiotics (Flores, 2016).…”
Section: Starting the Path With Visuality And Decolonialitymentioning
This article is an analytical exercise on a way of thinking in which mathematics operates in the ways of representing and speaking about human body drawing. With a problematic attitude, one asks: how and where does a technique that colonize ways of representing and looking at the body in art and math activities in the classroom come from? This means analysing a modulation of look and thinking that organizes the imagetic representation of the human body, shapes the image, and orders thought, in which mathematics operates as the agent and effect of a mode of colonization. Therefore, it takes different ways of representing the body in art history, operating in a theoretical-methodological movement, with “the perspective of visuality for visualization in Mathematical Education”. Thus, other possibilities of (re) thinking with images are raised, analysing them under the bias of a decolonial mathematical thought, that is, a thought that questions and denounces the effects of truth and the hegemonic mathematical visualities. From this, then reinventing itself to re-exist in Mathematical Education.
“…Isso porque eles aparecem como forma de justificativa da necessidade de uma abordagem diferenciada para a Matemática escolar no sentido de imbuir significação ao ensino e aprendizagem. Essa maioria a que nos referimos trata da subcategoria "Arte visual como meio de contextualização, manipulação e identificação de conceitos em geometria", na qual, também, identificamos uma tendência ao desenvolvimento de trabalhos na linguagem de artes visuais e, nesse aspecto, corroboramos com Flores (2016), pois o que se identifica nessas propostas "[...]é uma articulação com perspectivas mais utilitaristas, tecnicistas, ou mesmo psicologizantes do processo de ensino e aprendizagem, buscando 'dar sentido' à Matemática" (FLORES, 2016, p. 505). Também, devido à má-apropriação do conceito de interdisciplinaridade, parte delas resultam em abordagens que salientam "[...] dicotomias entre conhecimento e realidade que, muitas vezes, levam a um ensino que, querendo ser significativo e contextualizado, acabam sendo desprovidos de sentido, de vida" (FLORES, 2016, p. 511).…”
Resumo Com a finalidade de aproximar e de construir um quadro da produção científica brasileira em Educação Matemática a respeito da interface entre Arte e Matemática, este artigo apresenta os resultados de uma revisão sistemática de literatura, que analisou dissertações e teses sobre o tema em questão produzidas no período de 1998 a 2017. No âmbito curricular, discursos ligados à problemática de integração de conhecimentos e à formação cultural ampla, muitas vezes, valem-se da ideia de desenvolvimento do pensamento crítico e criativo ou criticidade e criatividade, em que se mostra na forma de objetivos, premissas ou justificativas, como se pode observar em práticas interdisciplinares, inclusive as da interface entre Arte e Matemática. Sendo assim, ocupamo-nos do seguinte problema: como as pesquisas realizadas em nível de Pós-Graduação no Brasil sobre a interface entre Arte e Matemática no contexto educacional se fundamentam no que se refere às bases teóricas assumidas em suas propostas didáticas para o ensino de Matemática? Utilizamos como perspectiva de análise questões curriculares de base crítica, em especial da Teoria Crítica e da Educação Matemática Crítica. Constatamos que todos os trabalhos que compõem essa revisão realizam a crítica do ensino de Matemática, no sentido de superação da perspectiva tradicional.
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