Abstract:Resumo Este artigo problematiza o aprender Matemática pela e com a Arte. Parte-se de questionamentos, entre eles: Como não representar a Matemática na Arte, nem instrumentalizar a Educação Matemática, mas fazer disso uma experiência filosófica com Arte e com visualidade? Sem pretensão de respostas, e com uma atitude analítica, faz-se um sobrevoo pelo solo que envolve Matemática e Arte para aprender, e assim produzir conhecimento sobre as conexões entre Matemática e Arte que agenciam tipos de aprendizagem. Diss… Show more
“…Como podemos depreender, não só a atividade artística é um acontecimento, no sentido de que a arte faz emergir quantos saberes forem necessáriosos previamente pensados, mas também aqueles da ordem do impensado, do inespecífico -, mas também o é pela possibilidade de pensar sobre a matemática. E esse último caso leva-nos a reiterar que aprender é um acontecimento, visto que se engendra pela criação e invenção com a arte (Flores & Kerscher, 2021), em que "aprender é da ordem do sensível (encarnar-se) mais do que do inteligível, simplesmente" (Gallo, 2017, p. 111).…”
Section: Provocação No Olhar: Uma Hipérbole Com a Imagem (Elaborada P...unclassified
Este artigo apresenta algumas análises acerca do modo de olhar e usar a arte para ensinar matemática, implicadas pelo ato da visualização e da visualidade, que colocam em operação formas específicas de aprender. Os resultados foram obtidos a partir de uma oficina com estudantes de Moçambique em um curso de Licenciatura em Ensino de Matemática, na qual se fez uso de pinturas de artistas moçambicanos. A análise empreendida foi feita em dois movimentos: no primeiro, colocou-se em exercício o pensar matemática com pinturas moçambicanas: simetria, hipérbole e parábola; no segundo, atentou-se a verdades acerca do ensino da matemática com a arte, como o enunciado de que “a arte funciona como suporte para contextualizar a aprendizagem da matemática”. Por fim, a conclusão alude a um ethos decolonial, que destaca uma atitude crítica e contínua, alinhando-se a um exercício de fazer ver visualidades para pôr em exercício a arte com a matemática para o ensino.
“…Como podemos depreender, não só a atividade artística é um acontecimento, no sentido de que a arte faz emergir quantos saberes forem necessáriosos previamente pensados, mas também aqueles da ordem do impensado, do inespecífico -, mas também o é pela possibilidade de pensar sobre a matemática. E esse último caso leva-nos a reiterar que aprender é um acontecimento, visto que se engendra pela criação e invenção com a arte (Flores & Kerscher, 2021), em que "aprender é da ordem do sensível (encarnar-se) mais do que do inteligível, simplesmente" (Gallo, 2017, p. 111).…”
Section: Provocação No Olhar: Uma Hipérbole Com a Imagem (Elaborada P...unclassified
Este artigo apresenta algumas análises acerca do modo de olhar e usar a arte para ensinar matemática, implicadas pelo ato da visualização e da visualidade, que colocam em operação formas específicas de aprender. Os resultados foram obtidos a partir de uma oficina com estudantes de Moçambique em um curso de Licenciatura em Ensino de Matemática, na qual se fez uso de pinturas de artistas moçambicanos. A análise empreendida foi feita em dois movimentos: no primeiro, colocou-se em exercício o pensar matemática com pinturas moçambicanas: simetria, hipérbole e parábola; no segundo, atentou-se a verdades acerca do ensino da matemática com a arte, como o enunciado de que “a arte funciona como suporte para contextualizar a aprendizagem da matemática”. Por fim, a conclusão alude a um ethos decolonial, que destaca uma atitude crítica e contínua, alinhando-se a um exercício de fazer ver visualidades para pôr em exercício a arte com a matemática para o ensino.
Resumo Na travessia entre Matemática e Arte, oficinas com arte se apresentam e tomam certos contornos com e na Educação Matemática. Elas se assumem como experimentações na pesquisa, no ensino e aprendizagem em sala de aula e na formação de professores. Neste artigo, esboçamos alguns traços e deixamos algumas pistas sobre aquilo que se exercita, se produz e se provoca com o agenciamento da Matemática com a Arte por oficinas, as quais se manifestam como oficina-experiência, oficina-dispositivo, oficináticas: experimentações com Arte e sobre Matemática, com Arte e sobre formação de professores, com Arte e sobre ciência. Uma fabulação que se abre à forma criativa do pensamento, à liberdade, desdobrando-se na multiplicidade, na heterogeneidade, na resistência e na invenção de outras possibilidades para ensinar e aprender Matemática na escola.
O Grupo de Estudos Contemporâneos e Educação Matemática (GECEM) elabora e desenvolve oficinas com matemática, arte, professores e estudantes para exercitar e reivindicar outros modos de fazer educação matemática com arte, nas escolas e nos espaços de formação. Este artigo apresenta os detalhes de uma oficina produzida a partir de uma obra do artista indígena Jaider Esbell, desenvolvida com estudantes de Ensino Fundamental da Escola Básica Professora Herondina Medeiros Zeferino, localizada em Florianópolis/SC. O intuito da oficina é problematizar as imagens naturalizadas da e sobre a matemática que, no ambiente escolar, acontece como efeito da colonialidade do saber, sendo, ao mesmo tempo, uma possibilidade para que os modos e os meios sejam interrogados, visto que reiteradamente se insiste em um único viés de ensino, de aprendizagem e de matemática na escola.
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