2020
DOI: 10.24885/sab.v33i3.856
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Desafios e estratégias para a gestão de coleções de remanescentes humanos na Amazônia

Abstract: Neste texto destacamos a situação das coleções formadas por remanescentes de corpos humanos recuperados de contextos arqueológicos na Amazônia. Os desafios de conservação e acondicionamento desses acervos se relacionam tanto a fatores técnicos quanto a prática arqueológica em si. Através do histórico de pesquisa dos remanescentes humanos do sítio Curiaú Mirim – I, AP, desde sua escavação até a recente revisão dos processos curatoriais, desejamos observar problemas comuns a instituições e coleções na Amazônia. … Show more

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“…Dito isso, gostaríamos de reforçar a perspectiva da agência das urnas funerárias arqueológicas, não apenas do ponto de vista de seus contextos originais de fabricação e uso, mas também na integração de seus corpos em diferentes temporalidades e contextos. Essa dimensão sensível dos artefatos reforça como a construção de conhecimento, a partir da Arqueologia, deve integrar as diferentes perspectivas de atores envolvidos e assumir uma postura "contra hegemônica, que priorize a confluência de saberes" (Santos 2019apud Jácome 2020.…”
Section: Um Epí Logo Pãrã ãS Urnãs Polí Cromãsunclassified
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“…Dito isso, gostaríamos de reforçar a perspectiva da agência das urnas funerárias arqueológicas, não apenas do ponto de vista de seus contextos originais de fabricação e uso, mas também na integração de seus corpos em diferentes temporalidades e contextos. Essa dimensão sensível dos artefatos reforça como a construção de conhecimento, a partir da Arqueologia, deve integrar as diferentes perspectivas de atores envolvidos e assumir uma postura "contra hegemônica, que priorize a confluência de saberes" (Santos 2019apud Jácome 2020.…”
Section: Um Epí Logo Pãrã ãS Urnãs Polí Cromãsunclassified
“…Não à toa, a dispersão do estilo polícromo ainda é um grande quebra-cabeça para a Arqueologia e fonte inesgotável de debate e suas manifestações materiais, sobretudo na cerâmica arqueológica e nas urnas funerárias, têm se tornado símbolos de resiliência e persistência na cosmopolítica contemporânea de povos indígenas, materializando suas histórias de longa duração e suas complexas cosmologias até os dias de hoje.O fato de que as urnas funerárias passam a ser definidas na Arqueologia como objetos indígenas (do passado e do presente), cujas tecnologias de encantamento resistem ao longo do tempo e carregam consigo ainda um tanto das práticas e estéticas nativas do passado(Barreto 2020:16) oferece à disciplina ferramentas para uma prática responsável e ética, que não desvincule estes artefatos de seus correspondentes históricos, considerando os diversos atores sociais envolvidos. Essa postura tem levado a uma revisão epistemológica da prática arqueológica, sobretudo no que toca à formação e gestão de acervos compostos de materiais sensíveis como os funerários e dos remanescentes humanos, que de forma recorrente acompanham estes objetos(Jácome et al 2020;Stabile et al 2020). ParaJácome et al (2020:324) é fundamental que as políticas atuais de salvaguarda compreendam os artefatos arqueológicos como "acervos…”
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