“…Obviamente, isso não quer dizer que inexistem estudos que, direta ou indiretamente, abordam aspectos da trajetória da Ciência Política brasileira. 1 Um apanhado geral dessa literatura mostra, por exemplo, que há pesquisadores que, apesar de terem como objeto de análise as Ciências Sociais, abordam algo da história da Ciência Política (Miceli, 1989;1995;Trindade, 2012;2007); também há trabalhos que exploram o desenvolvimento da disciplina nos departamentos e nos programas de pós-graduação, embora os casos analisados sejam quase todos restritos à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ao Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) e à Universidade de São Paulo (USP) -é claro que essas experiências são fundamentais, porém, não são as únicas relevantes (Quirino, 1994;Forjaz, 1997;Peixoto, 2001;Almeida, 2001). Mais recentemente, publicaram-se análises sobre o processo de institucionalização acadêmica da disciplina Limongi, Almeida e Freitas, 2016;Amorim Neto e Santos, 2015;Leite e Codato, 2013), assim como uma variedade de estudos que se dedicaram à avaliação da sua produção científica, ao balanço da situação acadêmica da área e à discussão acerca dos desafios a serem superados para o seu desenvolvimento mais amplo (Leite, 2010;Campos Feres Junior;Guarnieri, 2017;Amorim Neto e Santos, 2015;Marenco, 2014;2015;Nicolau e Oliveira, 2013;Trindade, 2012;2007;Soares, 2005;Reis e Araújo, 2005;Almeida, 2001;Vianna et al, 1998;Reis, 1993;Santos, 1980).…”